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Cidades

Saúde nega remédio a aposentado que pode perder a visão

Redação | 13/11/2009 18:09

O aposentado Arlindo Benevides, de 66 anos, morador do Jardim Petrópolis, na Capital, teve negado hoje o pedido feito às secretarias estadual e municipal de saúde para fornecimento de medicação para impedir que ele perca completamente a visão.

A alegação das secretarias é que as doses da injeção Avastin não estão disponíveis na rede pública. Contudo, o aposentado argumenta que o remédio foi receitado por um especialista em retina, que garantiu não existir tratamento alternativo para o problema que ele tem nos olhos.

"Tenho só 40% da visão no olho esquerdo, 60% já foi comprometido, e do direito perdi 100%", explica Arlindo. Por conta da doença, que provoca recuo da retina, ele tem de ser submetido a um tratamento feito por quatro doses da injeção.

O problema é que o medicamento custa R$ 1.300,00 a dose, e a aposentadoria de Arlindo é de R$ 900,00, dinheiro que ele usa para pagar as despesas da família e o tratamento médico do coração para a esposa.

"Eu não tenho condições de tratar", afirma Arlindo, ao ressaltar que seu direito à medicação é assegurado pela Constituição Federal e pelo Estatuto do Idoso.

Ele diz que procurou a Casa da Saúde na tentativa de conseguir as doses, mas não conseguiu e foi orientado a acionar a Justiça. Depois disso, recorreu ao CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) Marçal de Souza.

Por meio da entidade, foi encaminhado pedido do remédio às secretarias de saúde e à Defensoria Pública, junto com laudo médico.

Segundo o CDDH, agora que o pedido foi negado pelas secretarias será necessário ingressar com ação na Justiça, na tentativa de obter o medicamento.

Contudo, esse procedimento tem de ser feito pela Defensoria, que ainda não respondeu ao documento encaminhado pelo aposentado.

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