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Cidades

Sem fiscais, garotada lota festa proibida para menores

Redação | 16/11/2009 15:21

Fotos postadas no site de relacionamento orkut revelam a facilidade de adolescentes para entrar na "balada" que deveria ser proibida para menores de 18 anos.

Nas páginas de algumas garotas, de 15 anos, as últimas imagens postadas são do Garage Stadium, rave realizada no Morenão no sábado.

Uma delas conta que na fila, a segurança contratada pelos organizadores do evento pedia para que todos ficassem com o convite e o documento de identificação na mão.

Neste momento, a ansiedade tomou conta das amigas, que decidiram "encarar o desafio". Elas continuaram na fila e quando chegou a vez de entrarem no estádio a supresa: "a mulher pegou apenas os convites, nem tchum para o RG" relata.

Não havia no local qualquer órgão de fiscalização para barrar a entrada dos adolescentes, reclama a mãe que não será identificada para que o nome da filha também seja preservado.

Já dentro da festa, a menina mandou uma mensagem para a mãe na qual dizia que havia conseguido entrar na festa. "Para minha surpresa", conta a mãe. Ela afirma que quando deixou a filha comprar o convite para o evento não imaginava que fosse esta a festa.

"Eu autorizei, admito, uma irresponsabilidade. Mas no dia do evento, ao saber que 6 mil pessoas eram esperadas, me arrependi e pensei que iam barrar os menores de idade. Me enganei", reclama.

Segundo a mãe, a falta de fiscalização favorece que a garotada entre em eventos como este, destinados a pessoas maiores de idade. Ela ressalta que uma preocupação é com o consumo de bebidas alcoólicas e drogas.

"Minha filha é tranquila, mas penso nas mães que nem sabiam onde os filhos estavam". A mulher diz que uma das garotas confessou que inventou para a mãe que iria à festa de 15 anos, e depois dormiria na casa de uma amiga, mas acabou no Morenão, até às 9 horas do dia seguinte.

"O Estado tem a obrigação de zelar pela lei, de garantir a segurança dos menores de idade. Os organizadores foram, no mínimo, irresponsáveis. Junto com a minha filha, estavam mais 8, todos com 15 e 16 anos".

Conforme a mãe, que foi ao local conferir como era a festa, a oferta de bebidas pôde ser observada desde a entrada. Ambulantes "cercavam" os consumidores e nenhum pediu identidade de adolescentes antes de vender os produtos.

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