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Cidades

Sem poder voar, passageiros questionam infraestrutura

Redação | 18/07/2010 09:25

O Aeroporto Internacional de Campo Grande está hoje no quarto dia em que a pista fica fechada a maior parte do tempo. Em alguns momentos, chega a ser aberta para decolagens, mas como os aviões não estão podendo pousar, não há aeronaves para seguir os trajetos.

A situação está provocando a indignação dos passageiros e, entre eles, o questionamento sobre deficiências na infraestrutura do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

"Se anuncia investimentos para melhorar a infraestrutura, mas só se vê melhora no saguão", afirmou a produtora Hildegard Tause, que acompanhava um amigo português em mais uma tentativa de voltar para casa após vir a Mato Grosso do Sul para passear.

O amigo, Luís Ludovico, acostumado a usar os aeroportos europeus, disse não entender o porquê de o nevoeiro atrapalhar tanto a saída e chegadas de em Campo Grande.

"Em países como a Suíça e a Inglaterra, o nevoeiro é uma situação constante e ainda assim os vôos chegam e saem rotineiramente", afirma.

O gaúcho Silvio Cézar Schierholt, proprietário de fábrica de calçados em Três Lagoas, contou que a e esposa e a mãe vieram visitá-los e estão impedidas de voltar. Ele também disse não entender as razões para tanta dificuldade. "Em Porto Alegre, o Aeroporto fica do lado do Rio Guaíba, e a formação de nevoeiro é constante, mas os vôos não param", afirmou.

Segundo informações do serviço de meteorologia do Aeroporto, a cargo da Força Aérea Brasileira, o fechamento do aeroporto obedece a padrões internacionais de segurança.

A exigência é que haja, no mínimo, de 200 pés de teto e visibilidade mínima de 1,2 mil metros para pousos, quando o risco de acidentes é mais grave.

Nesta manhã, conforme o serviço de meteorologia, o aeroporto está com cem pés de teto e 1,8 mil de visibilidade.

Sem previsão - Para a secretaria-executiva Lilian Koshiyama, de Pernambuco, a impossibilidade dos aviões de decolar vai fazer com que fique em Campo Grande uma semana além do que previa.

Ela, a mãe, o filho e uma sobrinha, vieram de Petrolina, e pretendiam voltar para o estado de origem na quarta-feira. Como não conseguiram passagem antes, foi marcada para hoje. Com o aeroporto fechado, a orientação que recebeu da companhia é de marcar a nova passagem só para terça-feira.

Para piorar a situação, Lilian contou que não veio preparada para o frio que está fazendo em Campo Grande. "Tive de comprar agasalho às pressas.

Ela e os familiares não estão em hotel pago pela companhia aérea, situação que a reportagem constatou com inúmeros passageiros. Como tem parentes aqui, ela não reclamou disso especificamente, mas questionou como será feito o reembolso dos valores que está gastando com transporte.

A secretaria-executiva até tentou ir à agência da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) no aeroporto. Mas descobriu, como diversos outros passageiros, que o local está fechado, apesar do caos no local.

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