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Cidades

Sem policiais em hospitais, ocorrências ficam no “anonimato”

Nadyenka Castro | 19/03/2011 10:39

Polícia muitas vezes não sabe dos crimes

Não há policiais civis em nenhum hospital de Campo Grande. Com isso, muitas ocorrências não são investigadas e outras deixam de solucionadas de forma mais rápida.

Isso porque a falta de um policial diariamente nos nosocômios faz com que muitas situações passem despercebidas e até impede que uma família interessada na solução do caso leve a situação ao conhecimento da segurança pública.

É o caso de Robson Jorge da Silva, 22 anos, ferido por um tiro por volta das 19h30min de quinta-feira, no bairro Taquarussu. Até às 12 horas desta sexta-feira a família não havia conseguido dar queixa à Polícia sobre o crime.

“Não deu tempo de ir lá [na delegacia]. Se tivesse um posto da polícia aqui, com certeza iria registrar sim”, afirma a mãe de Robson, Luciene Ferreira Jorge, 37 anos.

Ela conta que sabe quem atirou no filho dela e que logo depois do crime, a PM (Polícia Militar) esteve no local mas não encontrou o autor.

Mesmo a PM tendo ido ao local, o caso só começa a ser investigado quando há o registro oficial. Se houvesse um policial nos hospitais, situações como a de Robson poderiam começar a ser “desvendadas” de forma mais rápida pois as informações seriam repassadas oficialmente à Polícia.

Há casos ainda que criminosos procuram atendimento médico e são liberados sem que a Polícia saiba. Eles utilizam nomes falsos e mentem também sobre os ferimentos.

A presença de um policial poderia evitar que isso acontecesse resultando até em prisão, se fosse o caso. Em situações suspeitas eles resolveriam.

“Policiais nos hospitais facilitaria com certeza o trabalho de investigação”, afirmou um policial civil que preferiu não se identificar.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil, explica que este trabalho já foi feito em anos anteriores na Santa Casa e no Hospital Regional. No entanto, os policiais foram retirados dos hospitais por falta de pessoal e para reforçar o efetivo nas delegacias.

Conforme a assessoria, o retorno do serviço já foi discutido algumas vezes, no entanto, não há previsão de quando será possível colocar policiais em hospitais.

Escolta- Há casos de presos que precisam de atendimento médico e também de feridos ao praticarem crimes. Nestes casos, em que a Polícia sabe que o bandido necessita do atendimento médico, este é feito com escolta. Policiais militares ficam nos hospitais somente para isso.

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