Servidor do Incra responderá por assédio e importunação
O funcionário do Incra (Instituto Nacional de Colonização Reforma Agrária) que teria assediado mulheres sem-terra irá responder inquérito pelos crimes de assédio sexual e importunação ofensiva ao pudor.
Das quatro mulheres que foram denuncia-lo à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento Mulher) nesta quinta-feira, apenas as queixas de duas foram formalizadas, porque no caso das outras não havia indícios suficientes para caracterizar a suspeita de um crime.
O servidor federal será intimado a depor, assim como as testemunhas. Após concluído o inquérito, será encaminhado ao MPE (Ministério Público Estadual), responsável por denuncia-lo ou não à Justiça. Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a ação deve tramitar no Juizado de Pequenas Causas.
Hoje pela manhã, três sem-terra ligadas a Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) procuraram a Polícia Civil e contaram que eram assediadas pelo funcionário do Incra, que trabalha no cadastro de famílias para serem assentadas.
Uma delas disse à imprensa que o servidor chegou a entregar a ela uma foto dele somente de sunga em uma praia e tentou agarra-la. Outra relatou que ele a elogiava e acariciava os braços dela. O servidor chegou a ameaçar tirar o cadastro das famílias caso fosse denunciado. Ele também teria assediado outras mulheres.
A assessoria de imprensa do Incra informou que o órgão ainda não foi notificado oficialmente e que a procuradoria irá acompanhar o caso.
