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Cidades

Servidores completam 8 dias de greve em Iguatemi

Redação | 20/07/2010 08:44

Mobilização por reajuste salarial completa 8 dias nesta terça-feira em Iguatemi, a 466 quilômetros de Campo Grande e a prefeitura já anunciou que não dará qualquer aumento, alegando problemas financeiros.

A greve geral foi deflagrada no dia 12 de junho, em busca de 14% de aumento para os funcionários públicos municipais. Depois da primeira rodada de negociações e a negativa da prefeitura à proposta, o sindicato que representa os servidores propôs reajuste linear de R$ 70,00, que depois foi rebaixado para R$ 50,00, mas que também foi negado pelo executivo.

"Não vamos conseguir dar nada neste ano. Demos 8% no ano passado, apesar da Assomasul (Associação dos Municípios) ter recomendado não reajustar mais de 4%. Hoje sofremos as conseqüências", admite o prefeito José Roberto Felipe Arcoverde (PSDB).

Com 597 servidores no município, a população já sente os reflexos da paralisação. A prefeitura tem recebido reclamações sobre falta de coleta de lixo e problemas de atendimento em unidades de saúde.

"Já colocamos o Jurídico para verificar se eles estão respeitando o que o juiz determinou que é permanecer com 50% dos funcionários em serviço", avisa o prefeito.

O sindicato garante que os serviços são mantidos em creches, pronto-socorro, coleta de lixo e transporte escolar.

Na última semana, a prefeitura tentou dar aumento em forma de Auxílio Alimentação de R$ 50,00, mas a categoria rejeitou a sugestão, porque seria apenas para servidores que tem remuneração inferior à R$ 1, 149,12.

"Tentamos de todas as formas apresentar outras sugestões para que a administração concedesse o reajuste, mas todas foram negadas mostrando o total desinteresse da administração com seus servidores. Por isso, nossa única saída é deflagrar a greve e paralisar com o serviço público para demonstrar a nossa indignação com a falta de valorização de nossos servidores", justificou o Sindicado dos Servidores Municipais de Iguatemi, em nota à imprensa. disse a direção do Sindicato.

Os servidores estão desde o inicio da greve acampados em frente ao paço municipal. Apesar dos protestos, o prefeito diz que a única coisa que pode fazer no momento é apresentar números. "Tento provar que não houve aumento de receita que esperávamos, que tudo ficou estagnado e por isso não temos como reajustar salários".

Segundo ele, um agravante foi o fechamento do frigorífico Frialto, que demitiu 700 funcionários este ano, reduziu a arrecadação de impostos no município e a circulação de dinheiro.

"A cidade passa por momento difícil, mas estamos pagando em dia e tenho compromisso com a Lei de Responsabilidade Fiscal", argumenta.

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