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Cidades

Suspeitos de desviar verbas em GO têm negócios com prefeituras de MS

Ricardo Campos Jr. | 24/08/2016 15:13
Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB em Goiás, foi preso durante a operação (Foto: divulgação / PSDB-GO)
Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB em Goiás, foi preso durante a operação (Foto: divulgação / PSDB-GO)

Carlos Eduardo Pereira da Costa e Nilvane Tomas de Souza Costa, presos nesta quarta-feira (24) durante a Operação Decantação, em Goiás, já tiveram e mantêm negócios com prefeituras de Mato Grosso do Sul em obras de drenagem, pavimentação e esgoto. Eles fazem parte de um grupo de 15 pessoas suspeitas de desviar recursos públicos para financiar campanhas do PSDB no estado vizinho.

O casal é sócio na Sanefer Construções e Empreendimentos Ltda. A matriz da companhia fica em Goiânia, mas existe uma filial em Campo Grande cujo CNPJ consta como ativo na Receita Federal. No entanto, o Campo Grande News constatou que o endereço e telefone informados no cadastro não existem.

Em 2010, eles venceram diversas licitações abertas pelos municípios de Santa Rita do Pardo e Alcinópolis, conforme pesquisa feita no Diário Oficial do estado.

Na primeira cidade eles receberam R$ 1.103.384,85 para a construção de uma escola; R$ 278.230,44 para recuperação de galerias pluviais; R$ 451.567,12 para obras de pavimentação e R$ 151.369,87 para implantação do Parque Público de Exposição e Rodeio.

Já em Alcinópolis eles ganharam R$ 110.665,12 para implantar a estrada de acesso ao Monumento Natural Serra do Bom Jardim e Parque Municipal Templo dos Pilares; R$ 1.401.672,96 em diversos contratos para pavimentação de ruas e avenidas.

Essa mesma companhia firmou contrato com a Sanesul para ampliar o sistema de esgoto em Nova Alvorada do Sul por R$ 527.730,22. O empreendimento foi cancelado em fevereiro de 2013.

A Sanefer também integra um consórcio com a empresa Hollus Serviços Técnicos Especializados Ltda., vencedora de um contrato de R$ 8.486.506,86 para obras de pavimentação, drenagem e sinalização em Coxim em 2015.

Irregularidades – Segundo informações do Portal G1, a quadrilha desviou R$ 4,5 milhões em recursos federais por meio da Saneago (Companhia de Saneamento de Goiás). As investigações apontam que a verba era destinada ao pagamento de dívidas políticas.

A Operação Decantação cumpre 120 mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e Itumbiara, em Goiás, além de São Paulo e Florianópolis (SC). Entre os presos estão o presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, e ex-secretário da Fazenda de Goiás e atual presidente da Saneago, José Taveira Rocha.

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