Testemunhas de professora gay e prefeitura depõem amanhã
A Justiça do Trabalho vai ouvir amanhã, a partir das 16h, as testemunhas da professora Noyr Rondora Marques, de 38 anos, e da Semed (Secretaria Municipal de Educação). Ela alega que sofreu da discriminação ao ter o seu contrato de trabalho rescindido após a descoberta de que mantinha um relacionamento homossexual com Carmem Silvia Geraldo, de 52 anos.
Ambas eram professoras na escola municipal Onira dos Santos Rosa (localizada na zona rural). Como Carmem é concursada, o processo de indenização por dano moral corre na justiça comum estadual. Segundo o advogado José Belga Assis Trad, serão ouvidos pais de alunos e ex-alunos maiores de 18 anos. Por parte da Semed, as testemunhas serão professores.
O valor solicitado na ação é de R$ 500 mil. O advogado aponta que R$ 250 mil são por dano moral e a outra metade corresponde à perda salarial. O contrato de Noyr Marques com a prefeitura ia até junho, mas foi rescindido em abril.
De acordo com a defesa, a audiência de amanhã será a segunda do caso. Na primeira, de conciliação, não houve acordo. O advogado José Trad vai pedir que os documentos apresentados em uma sindicância realizada pela prefeitura sejam periciados. "Para provar que a letra dos recados amorosos, escritos em um exercício de matemática, não era delas", salienta.
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