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Cidades

Traficantes de drogas condenados movimentaram R$ 10 milhões

Órgão aponta que os dois recebiam dinheiro em conta bancária, sacaram e transportavam o dinheiro até a Bolívia

Gabriel Neris | 08/10/2018 16:08

Adelino Zanella e Irllan Kardec foram condenados por lavagem de dinheiro e evasão de divisas pela 3ª Vara Federal de Campo Grande. O MPF (Ministério Público Federal) aponta que os dois movimentaram mais de R$ 10 milhões em créditos em contas bancárias.

O homem foi condenado a 11 anos, 12 meses e 12 dias de reclusão em regime fechado além do pagamento de 134 dias-multa. Já Irllan teve decretada pena de 13 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, também em regime fechado, além de pagar 178 dias-multa. As contas bancárias, valores em espécie e uma caminhonete foram confiscados pela Justiça.

O MPF aponta que os dois recebiam dinheiro em conta bancária, sacaram e transportavam o dinheiro até a Bolívia. A investigação aponta que a dupla tinha antecedentes criminais relacionados ao tráfico de drogas com atuação em Corumbá, a 419 km da Capital.

Para sacar os valores, a dupla contava com "laranjas" para ocultação de valores que somados passavam dos R$ 10 milhões. Segundo a Justiça, as transferências bancárias e depósitos eram de diferentes pessoas do Brasil, além de serem incompatíveis e superiores às rendas declaradas dos dois. Um eletricista teria depositado, por exemplo, R$ 75 mil apesar de ter renda mensal de R$ 1 mil.

A investigação apontou ainda que vários depositantes estavam desempregados ou tinham envolvimento com o tráfico de drogas. Em 2011, o casal já havia sido alvo de ação penal por tráfico de drogas. Os dois admitiram vender entorpecentes e o repasse dinheiro através de conta corrente a um boliviano.

O MPF diz que as evidências são suficientes para comprovar tráfico de drogas no esquema de lavagem de dinheiro. Outra situação foi a compra de uma caminhonete com cheque de R$ 10 mil no mesmo dia de recebimento de R$ 80 mil em uma das contas de Irllan.

Para disfarçar sobre as quantias de dinheiro, o casal também movimentava suas contas bancárias para despistar os órgãos de fiscalização. O casal também efetivava saques diários em valores fracionados abaixo de R$ 10 mil para não levantar suspeitas.

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