Vigilância Sanitária e Anvisa já estão inspecionando HU
Uma equipe de técnicos da Vigilância Sanitária do Estado e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já estão inspecionando o CTI (Centro de Terapia Intensiva) do HU (Hospital Universitário). O CTI, inclusive, não está recebendo pacientes por conta de um surto da bactéria acinetobacter, que matou um idoso de 76 anos, na semana passada no local.
Segundo informações da gerente de fiscalização da Vigilância Sanitária em Mato Grosso do Sul, Glauce Guimarães, as inspeções no HU são feitas duas vezes por ano. Há duas semanas, técnicos da Vigilância encerraram as fiscalizações de estrutura física e técnico-operacionais no hospital, justamente quando o surto estourou.
Ontem, após reunião entre o MPF e o diretor interino do hospital, Neimar Gardenal, foram encaminhados dois ofícios solicitando a inspeção da Vigilância Sanitária no CTI, na UTI neonatal, berçário e na maternidade do HU. O prazo para as inspeções na unidade neonatal termina em dez dias.
Quando foi detectado o surto de infecção no CTI, imediatamente a administração do hospital foi comunicada. Foi aí que a CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) tomou as rédeas da situação e já impediu a internação de pacientes no local.
A inspeção realizada pela Vigilância, em parceria com técnicos da Anvisa, está averiguando os casos de óbito e análise documental dos pacientes contaminados pela infecção bacteriana.
Segundo a coordenadora estadual da Vigilância Sanitária Estadual, Cláudia Hoffmann, as inspeções consistem em analisar desde como são esterilizados os equipamentos até quais os tipos de procedimentos utilizados em cirurgias.
Somente nas últimas semanas, a infecção hospitalar decorrente da bactéria resistente foi constatada em cinco pacientes. Um deles foi o idoso que faleceu na última segunda (9), mas o hospital nega que o motivo seja a bactéria e alega quadro de insuficiência renal, agravado por doença imunológica.
