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Cidades

Vigilantes fazem apitaço no centro por reajuste salarial

Redação | 12/03/2009 08:49

Cerca de 50 trabalhadores do setor de vigilância estão reunidos na Praça Ari Coelho, no centro de Campo Grande, para protesto por reajuste salarial.

Desde fevereiro, a categoria tenta elevar o salário base de R$ 617,00 para R$ 728,00. Segundo o presidente do SEESVIG (Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância de Transporte de Valores de Campo Grande e Região), Celso Adriano Barbosa, as empresas contratantes propõem um reajuste de apenas 5,9%.

Além do reajuste, a categoria reivindica pagamento do adicional por risco de vida, que conforme o representante da entidade, não é respeitado e pago pelas empresas de segurança. "As empresas estão irredutíveis e alegam que o momento não é propício para um reajuste maior por conta da crise", afirma Celso, ressaltando que no Estado de Mato Grosso a categoria teve o salário elevado em 9%.

Na avaliação dele, os empresários do ramo tentam segurar ao máximo o aumento salarial por conta de lei federal que vai regulametrar o pagamento do adicional de risco de vida, que está em tramitação no Senado.

No Estado, as deficiências na segurança pública dão emprego a 3.800 trabalhadores segundo o SEESVIG, isso fora os vigilantes de rua, não cadastrados, que fazem segurança de bairros. Esses, costumam cobrar por mês a quantia em média de R$ 30,00 por residência.

Outro problema, novamente apontado, são os serviços irregulares de segurança, muito mais baratos, oferecidos por pessoas individualmente ou empresas clandestinas e são risco por falta de preparo para proteger as pessoas e seus patrimônios.

Os ligados ao sindicato, atuam na vigilância de locais como bancos, transportes de valores, shoppings, supermercados e condomínios que contratam as empresas privadas para fazer a segurança local.

Mas são os contratados por agências bancárias os alvos mais comuns de assaltantes. No protesto de hoje, os manifestantes empunham banner com a foto de vigilante que foi rendido durante um assalto a banco, ocorrido no interior do Estado no ano passado, na região norte, para sensibilizar a sociedade sobre os riscos que envolvem a função.

Em defesa da eficiência privada, os trabalhadores usam estatísticas, e defendem que a cada 100 tentativas de furtos em estabelecimentos com sistemas de alarme e vigilância, sejam unidades comerciais ou residenciais, em 94% dos casos essas tentativas são fracassadas

Com faixas e apitos, o grupo vai percorrer a Rua Dom Aquino, Marechal Candido Mariano e Avenida Afonso Pena. O "apitaço" deve chegar ainda as agências bancárias, a partir das 11 horas, e 22 empresas de segurança.

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