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Cidades

Violência no RJ encarece correspondência e gera polêmica

A cobrança emergencial tem o objetivo de cobrir custos com ações de segurança para garantir a integridade dos empregados, das encomendas e das unidades dos Correios

Guilherme Henri | 13/04/2018 15:55
Jair Marcel Soares, 47 anos, em frente ao Correios no Centro (Foto: Fernando Antunes)
Jair Marcel Soares, 47 anos, em frente ao Correios no Centro (Foto: Fernando Antunes)

Quem pretende enviar correspondência com destino ao Rio de Janeiro – a 1.418 km de Campo Grande – terá de arcar com mais R$ 3 de taxa. A alegação da empresa é que a cobrança tem o objetivo de cobrir custos com ações de segurança para garantir a integridade dos empregados, das encomendas e das unidades dos Correios em razão da violência no Rio, que está sob intervenção das Forças Armadas.

A cobrança já havia sido anunciada, mas como foi questionada na Justiça, só agora está sendo colocada em prática. Na Capital sul-mato-grossense, a taxa extra gerou polêmica. Janaína Cesar Coimbra, cliente dos Correios, questiona a eficácia da cobrança, principalmente em relação ao serviço prestado. “Antes mesmo de começar esta cobrança, já tivemos problemas com malotes extraviados. O problema, é que isso acontece mesmo quando se já paga mais para uma entrega rápida”, afirma a profissional, ao se referir sobre o serviço de Sedex.

O aposentado Jair Marcel Soares, 47 anos, considera a taxa um absurdo e dispara: “já pagamos um absurdo de impostos e agora mais essa”. Ele conta que por enquanto não precisa enviar correspondência para o Rio de Janeiro, mas como brasileiro se solidariza por quem precisa do serviço. “Temos dificuldade na entrega até em distância curtas onde não há violência”, desabafa.

Para Liliane Borges de Paula, coordenadora administrativa, da Tendência RH, como todo aumento, a taxa extra será sentida principalmente no fechamento do mês. “Enviamos malotes da empresa ao Rio. O que vejo, é que esta cobrança é mais uma maneira de arrancar dinheiro de quem depende do serviço”, diz.

Taxa extra –  Conforme os Correios,o Tribunal Regional Federal da 2ª Região suspendeu a liminar proposta pelo Procon-RJ, que determinava a não-cobrança da taxa emergencial de R$ 3 pelos Correios para encomendas destinadas à cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Diante dessa decisão, a taxa voltou a ser cobrada na em todas as agências. “A suspensão da liminar comprova que a cobrança da taxa emergencial pela empresa não é ilegal”.

A instituição da taxa emergencial visa cobrir custos com ações de segurança, a fim de garantir a integridade dos empregados, das encomendas e das unidades dos Correios. A taxa pode ser suspensa a qualquer momento, desde que a situação de violência seja controlada.

Sobre Mato Grosso do Sul, os Correios informou que não divulgada dados sobre o volume de postagem ao RJ.

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