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Cidades

Vitima de acidente está há 36h em maca na Santa Casa

Redação | 26/02/2009 09:28

Vítima de um capotamento na estrada entre Campo Grande e Sidrolândia, Lorena Ferlini Silva, de 22 anos, espera há 36 horas uma vaga na enfermaria da Santa Casa.

Em uma maca, e com ferimentos no rosto e na bacia, ela e a família sentem na pele a deficiência do atendimento no maior hospital de Mato Grosso do Sul. Depois de 24 horas de reclamação, a jovem foi levada na noite de ontem para a sala de repouso, espaço ainda no Pronto Socorro.

Os problemas chocam a família de Lorena, que lamenta a situação na primeira vez que a jovem precisou de atendimento emergencial pelo SUS.

Na noite do acidente, Lorena foi encaminhada com outra amiga, que teve fratura exposta e já passou por cirurgia. Depois da ajuda de uma amiga da família, que trabalha no hospital, Lorena foi removida do corredor para a sala de repouso no PS, conta a tia Waldeci Dutra.

"O pior é a dificuldade para fazer exames", reclama. Com inchaço na região da bacia, o médico pediu ultrassonografia, mas até ontem, nenhum procedimento foi adotado. "A enfermeira chefe só respondeu que não podia fazer nada porque o ultra-som estava quebrado".

Desde o acidente, Lorena também esperava para fazer um exame de Raio-X no maxilar, segundo relata a tia, o que só foi feito no final da tarde de quarta-feira.

"O médico tentou nos tranqüilizar e disse que ela não corre risco de morte, mas disse que ela precisava de atendimento especial. E não é numa maca no corredor do hospital que ela vai ter esse tratamento", dispara a tia.

Durante todas essas horas à espera por um atendimento, a família testemunhou o dia-a-dia das pessoas que dependem dos serviços médicos do SUS. "Dentre tantas coisas, o que nos revoltou foi à forma como os funcionários tratam mal os acompanhantes e os pacientes. Eles não podem fazer nada, porque não tem estrutura e perdem a paciência, mas a gente não tem culpa, fica até como chato ao cobrar o que é de direito", desabafa.

A Santa Casa confirma a superlotação de "rotina", que em épocas de Carnaval piora por conta dos acidentes. Sobre os equipamentos quebrados, a assessoria de imprensa do hospital informa que o aparelho de ultra-som quebrou na quarta-feira passada, e que a reposição das peças que apresentaram defeito depende de repasse de empresa especializada, que fica fora do Estado.

"Desde sábado até ontem a fábrica estava em recesso por causa do carnaval, voltamos a fazer contato hoje no período da manhã", informou a assessoria.

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