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Boa Imagem

É muito fácil arruinar a sua reputação

Um ato impensado pode trazer consequências que afetam toda uma vida

Por Larissa Almeida (*) | 21/11/2023 14:19

Todos os dias você vai à luta, trabalha, estuda, se relaciona com as pessoas, e tem que batalhar com constância, durante um bom tempo, para construir uma reputação, demonstrar a sua credibilidade e o valor do seu trabalho, ou da sua empresa. Mas infelizmente, a dificuldade de construir uma reputação é inversamente proporcional à facilidade em destruir. Dependendo da gravidade do fato, pode ser irreversível. Mesmo conseguindo reconstruir, sempre vai haver aquela mancha. E a sua imagem, ou seja, a tríade aparência, comportamento e comunicação, está diretamente relacionada à sua reputação.

Na última semana, viralizou o vídeo de uma empresa de joias superfamosa que vendeu um produto para a cliente pelo preço errado, bem abaixo do valor da peça, e para recuperar o prejuízo, e conseguir reaver a peça, a proprietária mentiu que se tratava de acervo pessoal e presente para sua avó. O vídeo com a cliente contando o fato, com provas, viralizou e imediatamente a empresa foi cancelada nas redes sociais.

Uma atitude impensada estragou anos de trabalho para construir uma marca. O mesmo que acontece com marcas acontece com pessoas. Diariamente assistimos jogadores de futebol, maridos de apresentadoras famosas, cantores e uma quantidade enorme de pessoas que alcançaram sucesso e por conta de um passo errado, principalmente comportamental, perdem tudo.

É muito difícil ter a performance sempre boa no trabalho, tratar as pessoas com cordialidade independente de como está sendo seu dia ou como está seu humor, conseguir se comunicar de uma maneira positiva e proativa mesmo com vários problemas pessoais, com os traumas, gatilhos e desafios pessoais que todos temos. Isso é um fato.

Nem sempre conseguimos ser a tal “da nossa melhor versão”. Mas é fato que, infelizmente, é muito mais difícil ter que arcar com os prejuízos e consequências de uma atitude impensada, de um ato impulsivamente, ou de uma fala equivocada.

Por isso é cada vez mais importante investir em autoconhecimento, entender seus limites e trabalhar muito sua inteligência emocional. O jornalista científico Daniel Goleman, PhD e expert nos estudos das ciências comportamentais, descreve a inteligência emocional como a capacidade de reconhecer emoções – tanto nossas quanto de outras pessoas – e gerenciar nossa resposta a elas. Podemos defini-la como o conjunto de habilidades que permitem uma maior adaptabilidade da pessoa às mudanças.

Entre os pilares da inteligência emocional estão a:

  • Autoconsciência: habilidade para entender seus limites, pontos fortes e pontos fracos;
  • Autogestão: habilidade de compreender os processos mentais que podem nos ajudar ou nos atrapalhar nas tarefas diárias e na realização dos nossos objetivos;
  • Consciência social: habilidade que um indivíduo tem de perceber a sociedade ao seu redor. É observar como ações individuais ou coletivas podem afetar o todo;
  • Destreza social: habilidade de criar e manter bons relacionamentos.

Se conhecer e entender suas reações aos acontecimentos, para se antecipar e não agir de maneira que possa destruir o que você demorou tanto a construir, é fundamental.

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_.

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