O custo de ser uma pessoa inconveniente
Quando você age da maneira que tem vontade e fala o que dá na sua cabeça, o custo poder ser bem alto
De acordo com o dicionário, inconveniente significa “algo impróprio, inoportuno, inadequado ou prejudicial. Também pode se referir a uma pessoa, quando tem um comportamento que não é adequado ou educado”. Muitas pessoas agem e falam se guiando apenas pelas suas vontades, sem pensar antes nas consequências. Resolvi falar deste tema aqui porque vi este exemplo nesta semana na academia: uma pessoa bem inconveniente que fica sendo evitada pelos seus colegas.
Todas as vezes que você dá uma opinião, ainda mais se for negativa, sem que sua opinião tenha sido pedida, você está sendo inconveniente. Por exemplo, comenta que a pessoa deu uma engordada, ou que aquele corte de cabelo não ficou bom ou precede o seu comentário falando que vai fazer uma “crítica construtiva”. Oi?
Todas as vezes que você resolve agir levando em consideração apenas o que você quer, por exemplo, resolve ligar para alguém de madrugada porque você precisava conversar naquele momento, ou chega sem avisar na casa de um amigo porque você estava com tempo naquele dia, você está sendo inconveniente.
E o pior de todos: se você é um profissional e quando chega um cliente e você fala mal de outros profissionais da sua área ou de outras pessoas para ele, você está sendo inconveniente, e antiético. Por exemplo: alguém agenda um horário para cortar o cabelo e quando chega ao cabeleireiro (tendo cortado anteriormente em outro profissional), ele fala o quanto o cabelo está mal cortado e que agora ele vai fazer melhor. Péssimo, terrível.
Ou é um dentista que também faz procedimentos estéticos e quando chega um paciente querendo fazer uma limpeza o “profissional” diz que a pessoa precisa de botox, ou de um preenchimento ou qualquer outro procedimento. Isso sem que a pessoa tenha sequer perguntado a opinião sobre aquele tema.
Trazendo para a minha área de consultoria de imagem, imagina se eu fosse fazer uma análise de armário e ficasse falando mal das roupas dos meus clientes ou colocando defeito caso ele já tenha contratado um profissional de consultoria antes? Péssimo, e super inconveniente.
E falando no custo de ser uma pessoa inconveniente, que é o título desta coluna, este é altíssimo. Isso porque enquanto profissional você perde clientes e oportunidades e, na vida pessoal, as pessoas passam a te evitar, porque é muito desgastante e custoso conviver com alguém que age e fala conforme suas vontades, sem pensar no outro e em como ele receberá suas atitudes e falas.
(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_.
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