"O sem noção", não seja este tipo de convidado
Quem é educado, respeita o anfitrião e valoriza cada gesto da recepção
As celebrações de final de ano estão chegando e, com elas, vem aquele momento delicioso de encontros, risadas, reencontros e mesas cheias. Mas, junto com o convite, vem também uma responsabilidade básica: a de ser um bom convidado. E, por mais óbvio que isso pareça, todos nós já testemunhamos situações que provam o contrário.
Por isso, antes de você sair distribuindo charme pelas festas deste ano, deixo aqui um guia rápido — e muito necessário — para evitar gafes que podem custar convites futuros.
Convidado não convida
Se você recebeu um convite, ele é só para você (ou para quem o anfitrião mencionou). Não leve “mais alguém” porque “não tem problema”. Tem. Além de ser deselegante, você sobrecarrega quem preparou cada detalhe pensando em um certo número de pessoas. A regra é simples: só vá acompanhado se isso tiver sido combinado.
Convidado que reclama
Poucas coisas criam um clima tão desagradável quanto quem chega apontando defeitos: está quente, está frio, a comida não é do gosto, a música não agrada. Reclamar da festa que não foi você quem organizou é como cuspir no prato que serviram com carinho. Se algo não estiver perfeito, silencie gentilmente — e aproveite o que há de bom.
Convidado que bebe demais
Festa não é desculpa para perder a noção. Beber além do limite faz a pessoa virar trabalho para o anfitrião — que, em vez de aproveitar, precisa cuidar, acolher, limpar ou até apagar incêndios desnecessários. Elegante mesmo é saber a hora de parar.
Convidado que não sabe a hora de ir embora
Todo anfitrião sofre em silêncio quando o relógio avança, a louça já foi lavada mentalmente três vezes e o convidado continua firme, ainda pedindo “só mais um cafezinho”. Fique atento ao clima da casa: quando a festa começa a esvaziar, é o seu sinal também.
Convidado que se acha o dono da festa
Esse é o clássico: o que muda a música sem pedir, abre gaveta, verifica geladeira, comenta o cardápio ou opina sobre a decoração. É um comportamento invasivo que ultrapassa a linha da intimidade e gera desconforto. Casa dos outros não é extensão da sua. Seja gentil, discreto e convidado — e nada além disso.
Convidado que pede “marmitinha”
Levar comida para casa, a menos que o próprio anfitrião ofereça, é deselegante. A festa foi pensada para o momento, para os presentes. Pedir para levar “um potinho” passa a sensação de aproveitamento de quem está mais interessado no benefício do que na convivência.
Convidado que arruma confusão
Nada arruína um clima de celebração tão rápido quanto alguém que cria briga, discute por bobagem, provoca ou “caça” assunto para tumultuar. É constrangedor para todos e coloca o anfitrião em uma situação injusta, tendo que apagar incêndios emocionais. Festejar é sobre leveza, e não sobre testar limites ou medir egos.
Ser um bom convidado é simples: respeito, leveza e noção. A etiqueta — e a boa convivência — não têm a ver com regras rígidas, e sim com sensibilidade. Quem sabe se comportar honra o convite, valoriza o anfitrião e torna os encontros mais agradáveis para todos.
E, claro, garante bons convites para os próximos anos.
(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). Durante 14 anos, trabalhou na área de comunicação e imagem em instituições como a Caixa Econômica Federal, a Prefeitura de Campo Grande, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e o Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul). É consultora de imagem formada pela RML Academy (Royal Makeup Lab Academy) e pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, além de especialista em dress code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e pela RMJ TRE (RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial). Siga no Instagram @vistavoce_.
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