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Em Pauta

"Sodoma", o livro-bomba do poder gay no Vaticano

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/02/2019 09:21
"Sodoma", o livro-bomba do poder gay no Vaticano

O livro do francês Frédéric Martel será lançado de forma simultânea em oito idiomas e 20 países diferentes no dia 21 de fevereiro. A data não é casual. Esse é o dia que começará no Vaticano a conferência sobre pederastia na igreja. Parece difícil encontrar melhor momento para encontrar a atenção da mídia na hora de colocar nas livrarias este ensaio em que o autor indaga sobre a presença dos homossexuais na igreja e, em particular, nos mais altos cargos do Vaticano. Não há notícias de que esse livro chegará ao Brasil. O país é um dos poucos em que esse debate não existe.

"Sodoma", o livro-bomba do poder gay no Vaticano
"Sodoma", o livro-bomba do poder gay no Vaticano

80% dos eclesiásticos do Vaticano seriam gays.

Em suas mais de 500 paginas, Martel leva ao conhecimento de todos, com nomes e sobrenomes, nada menos de 80% dos eclesiásticos que trabalham na Cúria Romana. Uma imensa maioria de gays, segundo o autor. Também traz uma cifra - inventada, com certeza - de que nos seminários do mundo essa percentagem de gays cai para 60% a 70%. Estes fatos não trazem problema algum para o autor, um homossexual declarado e especialista em estudos da causa gay. Aquilo que é denunciável, segundo o juízo do autor, vem da suposta vida dupla levada por muitos sacerdotes ao manter posições homofóbicas em público e, ao mesmo tempo, soltam seus desejos sexuais com rapazes às escondidas. A única dúvida que Martel deixa é se esses 80% de gays do Vaticano praticam ou não a homossexualidade. Martel cobre um grande escândalo com um grito escandaloso.

"Sodoma", o livro-bomba do poder gay no Vaticano

"Esse é o momento da verdade. Ainda que nos humilhe e dê medo".

Volta ao Vaticano um homem tido como implacável. O arcebispo Charles Scicluna é provavelmente a figura de maior prestígio na luta contra a pederastia na igreja. Ele é o autor de investigações de corrupção e, mais recentemente, da pederastia na igreja chilena. O Papa Francisco não poderia ter escolhido nome melhor para organizar o conclave que se inicia nesta semana.
É esse arcebispo que afirma: "a convocatória [da conferência sobre pederastia na igreja] já disse que não é uma reunião qualquer. [Estarão representadas] todas as conferências episcopais, todas as igrejas, as maiores ordens do mundo e os líderes da cúria romana. É uma reunião que falará de como [um eclesiástico] tem de exercer. De responsabilidade, de como prestar contas e transparência. Mas também de compartilhar experiências. Haverá também a possibilidade de escutar as vítimas de vários continentes. Também por videoconferência. O comitê de organização receberá na quarta-feira uma representas vítimas". E conclui: "Esse é o momento da verdade. Ainda que nos humilhe e dê medo".

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