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Em Pauta

A beleza afeta (injustamente) aos salários e eleições

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/02/2019 07:26
A beleza afeta (injustamente) aos salários e eleições

A beleza importa. E muito. Todos sabemos que as pessoas atrativas tem mais êxito no mundo da sedução ou na arte da conquista. A publicidade nos lembra uma e outra vez. Acabamos aplicando essa ideia no cotidiano. De fato, calculam que os homens dedicam uma média de 32 minutos diários aos cuidados com a higiene e embelezamento. As mulheres dedicam um tanto mais: 44 minutos.

A beleza afeta (injustamente) aos salários e eleições

O bilhete premiado da beleza.

Em economia se diz que os belos e as belas tem um bilhete sorteado da beleza. Quer dizer, ganharão melhores salários pelo mero fato de ser belos. E isto é, simplesmente, injusto. A beleza não é um indicador nem de talento, nem de melhor desempenho e nem de maior capacidade de trabalho. A única exceção está nos balcões de venda no comércio. Os clientes preferem ser atendidos pelos belos e belas. Tendem a faturar mais.
A Universidade de Harvard fez a pesquisa mundial de quanto os belos e belas ganham a mais. Os homens belos ganham salários 5% maior que a média. Na outra ponta, os menos atrativos ganham 13% a menos que a média. A mesma distância salarial é percebida para as mulheres. Isso vale para o Ocidente. Segundo Harvard, a situação é bem pior na Ásia. Na China, os homens belos ganham apenas 3% a mais. Todavia, os menos belos chegam a perceber 25% a menos que a média. E a distância para as mulheres é ainda maior. As mais belas chinesas percebem 10% a mais que o salário médio. As menos belas ganham 31% a menos.

A beleza afeta (injustamente) aos salários e eleições

Os políticos também tem seu bilhete premiado.

Segundo Harvard, se mostrarem fotos de candidatos a seus observadores, ainda que sejam estrangeiros, eles conseguirão predizer a imensa maioria dos que serão eleitos para os parlamentos do mundo. O único critério para essa predição é a beleza dos candidatos. Fizerem esse teste em quatro países e acertaram em todos. Também é verdade que os marqueteiros mais renomados há muito já diziam que seu trabalho para eleger um candidato não é muito diferente do que realizam para vender sabão. Um imenso jogo de enganação tanto em um, com no outro caso.

A beleza afeta (injustamente) aos salários e eleições

Mas a beleza nem sempre é vantagem no mundo laboral.

Outro teste que Harvard fez foi colocar belos e não belos para ser escolhidos na formação de equipes de trabalho. Os belos foram os primeiros a ser escolhidos. Ao final dos afazeres pediram que dessem notas entre eles. Os belos obtiveram as piores notas ainda que tivessem desenvolvido os trabalhos em igualdade de condições dos demais. Todos tinham colocado maiores expectativas neles, esperavam que rendessem mais.

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