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Em Pauta

A carta-frete e a escravidão nas estradas são investigadas pela Polícia Federal

Mário Sérgio Lorenzetto | 28/08/2014 07:49
A carta-frete e a escravidão nas estradas são investigadas pela Polícia Federal

A carta-frete e a escravidão nas estradas são investigadas pela Polícia Federal

Proibida pela lei 12.249/10, a carta-frete, embora ilegal, continua em vigência em grande parte das estradas brasileiras e cerca de 1 milhão de caminhoneiros autônomos recebem por seu serviço dessa forma. O "esquema" da carta-frete funciona com o embarcador ou a transportadora entregando ao caminhoneiro como "pagamento" pelo carreto um pedaço de papel chamado carta-frete. De posse do papel, o caminhoneiro é obrigado a trocá-lo em postos de gasolina, previamente selecionados pelos contratantes do frete, por combustível, alimentação e hospedagem durante sua viagem.

A cada troca, ele tem de deixar cerca de 30% do valor da carta-frete gastos nos postos de combustível. Ao chegar ao seu destino final, o caminhoneiro apresenta o "saldo da fatura" à transportadora ou embarcador e só nesse momento tem acesso à remuneração pelo serviço prestado.

A prática tem sido utilizada para aumentar o "capital de giro" do contratante e toda vez que aceita um frete, o carreteiro não sabe ao certo quanto receberá no fim da viagem, já que ao longo dela vai sendo submetido a taxas de troca a cada parada e compra que realiza.

A prática é apontada como regime análogo à escravidão uma vez que o caminhoneiro ao receber via carta-frete não tem liberdade para consumir e gastar seu dinheiro aonde bem entenda e ainda precisa pagar ágios abusivos.

O esquema conta com a participação de transportadoras, embarcadoras e postos de gasolina, e como resulta em um círculo vicioso perverso de criminalidade, sonegação e ilegalidade, está sendo investigado pela Polícia Federal.

A carta-frete e a escravidão nas estradas são investigadas pela Polícia Federal
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As usinas térmicas e o gás da Bolívia

Entre os anos 2000 e 2012, foram construídas 42 usinas hidrelétricas no Brasil, o que acrescentou pouco mais de 28 mil MW de capacidade ao sistema. Das 42 usinas, apenas dez receberam autorização para construção de reservatórios para acúmulo de água. A dependência maior das chuvas levará a uma maior importância de projetos térmicos nos próximos anos, com destaque ao gás natural. A questão ambiental se torna cada vez mais sensível para os projetos dependentes de água e de impactos importantes no meio ambiente.

Há, contudo, uma incerteza no mercado de gás e os temores recaem sobre a Bolívia. Hoje, o Gasbol, empresa que transporta o gás para o Brasil, responde pelo envio de aproximadamente 30 milhões de metros cúbicos diários. O contrato entre o Brasil e o nosso vizinho expira em 2019, mas há dúvidas se os bolivianos terão capacidade de honrar o bombeamento de gás contratado. Desde 2005, com a nacionalização das reservas e a fuga de empresas estrangeiras, a produção estaria estagnada e com dificuldades de ser reposta.

A maior necessidade das térmicas a gás natural para dar segurança ao sistema elétrico tem efeito direto sobre o setor industrial, grande consumidor do insumo. Existe uma gigantesca dificuldade de se firmar contratos firmes de gás natural. A outra preocupação é a importância que o bombeamento do gás boliviano adquiriu para as contas do governo do nosso Estado. Tempos preocupantes se aproximam.

A carta-frete e a escravidão nas estradas são investigadas pela Polícia Federal
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Cana - colher mais e ter menos açúcar e álcool

A estiagem vem produzindo um forte estrago nas indústrias de açúcar e álcool. Diante da constatação de que daqui em diante a cana colhida será a mais afetada pela seca as projeções da quantidade dos produtos vem declinando.

Nas duas semanas de agosto, as usinas moeram 2,3% mais cana do que no mesmo intervalo do ano passado, mas para isso tiveram que colher uma área 14% maior. A expectativa é de continuidade da queda. No acumulado da safra o rendimento agrícola recuou 6,42%.

Ficou claro também que as usinas estão desacelerando a moagem para o açúcar e acelerando a moagem para o álcool. Nos primeiros 15 dias de agosto, o percentual do caldo da cana direcionado para o álcool subiu mais de 2%. A confirmação de uma safra mais alcooleira se justifica pela remuneração gerada pelo biocombustível. Mesmo com a alta do preço do açúcar, o etanol continua com preços mais favoráveis. No entanto, a decisão das usinas de reduzir a produção de açúcar não será suficiente para poupar o etanol. A estiagem resultará em uma produção de 24 bilhões de litros de álcool, 6,14% abaixo do registrado no ciclo passado.

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UFPR elabora estudo para avaliar navegabilidade da Hidrovia do Rio Paraguai

O levantamento é feito por solicitação da diretoria de infraestrutura aquaviária do DNIT com objetivo de melhorar as condições de transporte de cargas por vias fluais, principalmente em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso. O canal de navegação do rio tem mais de mil quilômetros de extensão somente no Brasil, mas há importante comprometimento durante a estiagem devido à formação de bancos de areia. A divulgação do estudo começou ontem pela assessoria de imprensa do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura, que também participa dos trabalhos.

A estratégia consiste em oferecer alternativa para o transporte de grãos da região e desafogar as rodovias. O trabalho, denominado Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, também inclui afluentes do rio Paraguai. Segundo o coordenador-geral dos trabalhos, Eduardo Ratton serão avaliadas as características físicas e as diretrizes econômicas da hidrovia. Com o resultado, a proposta é uma hidrovia econômica, mas viável ambientalmente e com capacidade de transporte de carga que a torne, efetivamente, um corredor hidroviário. A projeção é de uso com a capacidade avaliada no estudo até 2035.

A bacia do Rio Paraguai vai de Cáceres (MT) até Nova Palmira, no Uruguai. São 3.442 km que servem Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, dos quais 1.270 km ficam em território brasileiro. Pela via passam 6 milhões de toneladas de grãos todos os anos, além de minério de ferro e manganês.

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Mercado de gestão de peso cresce 12% e atinge R$ 1,1 bilhão no Brasil

A impulsão para o crescimento vem da tendência, cada vez maior, do brasileiro tentar manter a forma. A preocupação, segundo o Instituto Euromonitor, já atinge famílias inteiras, provando que não são somente as mulheres a buscarem uma dieta saudável. A questão não é só emagrecimento, destaca o instituto. As famílias passaram a compartilhar shakes para emagrecimento e usar em conjunto suplementos para a perda de peso. Coletivamente é mais fácil atingir objetivos. Nesta linha, a empresa de maior faturamento é a Herbalife, que tem nas vendas diretas seu maior ponto de faturamento.

A perspectiva é de que o mercado como um todo cresça 5% até 2018, chegando a R$ 1,4 bilhão no Brasil. E a previsão é de crescimento é mantida mesmo com outra tendência, a de abandonar os suplementos. Por isso há a denominação de gestão de peso. Os adeptos aos produtos deixam a substituição de refeições por shakes por refeições completas, abrindo lacunas para energéticos, sucos e suplementos.

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O rico sorvete

Houve um tempo em que o sorvete foi um prazer exclusivo dos reis. Ao que tudo indica, esse produto começou ser bebido 3.000 anos antes de Cristo, na China. A Bíblia relata que, 2 mil anos depois, Abraão o consumiu em forma de leite de cabra misturado com neve. Também se sabe que os imperadores persas, 500 anos antes de Cristo, gostavam de refrescar-se com em uma mistura de pudim de arroz e "sorbete" - termo que vem do árabe "srab", beber.

Já na Idade Média, Marco Polo o teria introduzido na Itália. Teria trazido receitas de sorvete de suas viagens pela Ásia e eles tiveram muito boa acolhida nas cortes europeias.

A primeira sorveteria abriu suas portas em1686, era propriedade do siciliano Francesco Procópio. Seu Café Procope de París se converteu em um concorrido lugar. A popularização do sorvete chegou com a Revolução Industrial, pois a produção em massa permitiu barateá-lo. Foi nessa época que o suíço Carlo Gatti virou um verdadeiro magnata dos sorvetes e a inglesa Agnes Marshall, na rainha, graças a seus livros de cozinha a respeito dos gelados.

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