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Economia

Fábrica de celulose em Inocência recebe aporte de US$ 2,2 bilhões

Projeto Sucuriú deve gerar 6 mil empregos permanentes e energia limpa

Por Gustavo Bonotto e Maristela Brunetto | 21/08/2025 20:03
Fábrica de celulose em Inocência recebe aporte de US$ 2,2 bilhões
Canteiro de obras da fábrica da Arauco, no município de Inocência. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

A empresa chilena Arauco anunciou, na noite desta quarta-feira (21), o financiamento de US$ 2,2 bilhões para construir a fábrica de celulose Projeto Sucuriú, situada no município de Inocência, a 331 quilômetros de Campo Grande.

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Arauco investe US$ 2,2 bilhões em nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul. O projeto Sucuriú, em Inocência (MS), receberá financiamento de bancos internacionais e terá capacidade de 3,5 milhões de toneladas anuais de celulose kraft. A iniciativa prevê a geração de 14 mil empregos temporários e 6 mil permanentes, além de 400 MW de energia renovável. A fábrica utilizará 400 mil hectares de eucalipto de manejo sustentável e adotará práticas como monitoramento da biodiversidade e uso eficiente da água. O financiamento, coordenado pelo JP Morgan, envolve instituições como BID Invest, IFC e Finnvera. O investimento reforça o compromisso da Arauco com o desenvolvimento sustentável no Brasil, onde a empresa já mantém operações neutras em carbono. O governo estadual também investe em infraestrutura viária para facilitar o escoamento da produção.

O pacote inclui um empréstimo de US$ 1,25 bilhão coliderado pelo BID Invest (braço de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento) e pela IFC (International Finance Corporation), com oito bancos participantes, e US$ 970 milhões garantidos pela agência de crédito finlandesa Finnvera. O projeto, segundo a empresa, busca aumentar a eficiência industrial e promover práticas ambientais sustentáveis.

A fábrica terá capacidade anual de 3,5 milhões de toneladas de celulose kraft branqueada de fibra curta. O empreendimento contará com 400 mil hectares de eucalipto de manejo sustentável e produção de 400 MW de energia renovável, sendo 45% destinado à rede nacional. Arauco estima gerar 14 mil empregos temporários na construção e 6 mil postos permanentes durante a operação.

O projeto integra tecnologias modernas e práticas sustentáveis, como monitoramento da biodiversidade, uso eficiente da água e geração de energia limpa. A iniciativa também prevê ações sociais em saúde, educação, habitação e conservação ambiental, beneficiando a população local.

O financiamento global foi coordenado pela financeira norte-americana JP Morgan e envolveu instituições multilaterais, garantindo alinhamento com padrões ambientais e sociais internacionais.

Segundo a Arauco, o investimento "[...] reforça o compromisso com o desenvolvimento industrial sustentável e com o crescimento liderado pelo setor privado no Brasil". A chilena atua globalmente há mais de 50 anos em celulose, madeira, painéis e energia. No Brasil, mantém operações sustentáveis, neutras em carbono desde 2020, e desenvolve produtos voltados para bioeconomia renovável.

Vale lembrar que ontem (20), o Governo do Estado, por meio da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), homologou a licitação para pavimentar dois acessos à rodovia MS-377, ligando Três Lagoas a Inocência. A empreiteira Obras e Serviços Fator S/A venceu a concorrência com proposta de R$ 26,9 milhões.

A obra facilitará o tráfego de caminhões para o transporte de celulose e deve iniciar após a ordem de serviço da Agesul.

A MS-377 é rota estratégica para o setor de celulose, conectando a BR-262 e Paranaíba com acesso a Minas Gerais e São Paulo.

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