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Em Pauta

A droga que após ser ingerida muda nosso comportamento e valores

Mário Sérgio Lorenzetto | 02/05/2015 09:58
A droga que após ser ingerida muda nosso comportamento e valores

Sexo, drogas, rock´n´roll e penicilina.

Era uma vez uma pílula que, ao ser ingerida, mudou de uma vez por todas nosso comportamento e sistema de valores. Ela transformou a sociedade do século XX. Mas qual é essa pílula? A quase totalidade responderá que foi o anticoncepcional, mas há uma parcela de estudiosos que afirma que foi a penicilina.

Em favor da penicilina, descoberta em 1928 por Alexander Fleming , mas que só foi usada clinicamente em 1941, argumenta-se que de 1947 a 1957, a incidência de sífilis caiu 95%, e as mortes, 75%. A tese é de que essas reduções no impacto de contrair sífilis estimulou um comportamento sexual não tradicional nos anos 1950.

Em 1957, foi lançado nos Estados Unidos um medicamento voltado aos distúrbios da menstruação. Seu nome era Enovid. A sua bula trazia uma advertência: "pode causar suspensão temporária da fertilidade". A bula do Enovid pode ser considerada um dos mais eficientes casos de marketing, de propaganda sem saber o que fazia. Cerca de 500 mil pessoas compraram Enovid em 3 anos. Só nos EUA. Estava criada a pílula anticoncepcional. Sem dúvida, a pílula teve um papel fundamental na emancipação feminina e na revolução sexual. Mas, a penicilina não cumpriu o mesmo papel? Talvez a melhor resposta seja a de que a penicilina começou uma "mudança consentida" nos hábitos sexuais e liberou muito mais os homens que as mulheres. Afinal, a penicilina não resolvia a questão da contracepção. A pílula anticoncepcional foi revolucionária e "escandalosa" por liberar principalmente as mulheres para as relações sexuais. A pílula garantia a manutenção do sigilo das relações e fazia desaparecer o perigo de uma gravidez indesejada e "pecaminosa". Uma complementou a outra.

A droga que após ser ingerida muda nosso comportamento e valores
A droga que após ser ingerida muda nosso comportamento e valores

As redes sociais estão virando uma grande dor de estômago?

O artista egocêntrico que deu uma declaração politicamente incorreta. A raiva de quem lê flui como se estivesse em um cano de água. As brigas entre coxinhas e petralhas dominaram durante meses a raiva na internet. Um assassinado por homofobia é motivo de intensos debates nas redes sociais e um vertedouro de raivas. Vai ter muita gente reclamando da conta da luz. A raiva domina os "posts". Vai ter alguém reclamando dos impostos. A raiva se sobrepõe à lógica. As redes sociais viraram um poço sem fundo de raiva.

As redes sociais deram voz e audiência a muitos, e agora o querem é ter opinião formada sobre tudo. Algo incrível, não fosse um pequeno porém: ao mesmo tempo que exercitam a opinião, há menos tolerância com a opinião alheia. No final do dia estão fatigados. Uma pesquisa do New York Times mostrou que a raiva é uma das principais emoções que nos fazem compartilhar coisas, mas é também a que mais demora a passar. Ficamos remoendo o assunto até ter uma gastrite. Lemos algo nas redes sociais e queremos retornar para deixar 100 comentários raivosos mostrando que a pessoa está completamente errada.

Quando foi que as redes sociais viraram essa grande dor de estômago? A internet nos permitiu conhecer coisas maravilhosas. Tem muitos assuntos construtivos na grande rede mundial de computadores. Foque seu tempo e energia nelas.

A droga que após ser ingerida muda nosso comportamento e valores
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Número de obesos continua crescendo no Brasil.

O número de brasileiros obesos ou com excesso de peso voltou a crescer depois de um período de estabilidade. Agora quase 18% da população é considerada obesa, e mais de 50% está acima do peso. Será por causa de "coxinhas"?

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Surgem aplicativos que previnem algumas dores de cabeça após bebedeira

Não existe um aplicativo para curar ressaca. A ressaca costumeiramente é uma combinação de dor de cabeça, náuseas, tonturas, letargia (sono) e sensação de estar "boiando a mais de 10 cm do solo (ou da cama). A maioria desses sintomas resulta da desidratação.

Os aplicativos previnem outros tipos de dores de cabeça: aquelas decorrentes do uso indevido dos celulares. Ligar para a ex, é dor de cabeça de alto risco. Ligar para o chefe, é dor de cabeça de potencial nuclear. Quando beber, não dirija. Mas também não ligue para a ex e nem para o chefe.

O primeiro aplicativo inventado para prevenir esse tipo de dor de cabeça foi apelidado pelo criador de "camisinha do celular". O nome é Drunk Mode. Gratuito para iOs e Android. Bloqueia alguns contatos escolhidos antes da bebedeira por 3 a 12 horas. Se efetivamente necessitar ligar para a ex ou para o chefe, ele permite desbloquear desde que comprove sua sobriedade através de uma operação matemática. Em seguida veio o Drunck Lock, disponível apenas para Android. Faz o mesmo trabalho do anterior e ainda bloqueia as redes sociais e e-mails escolhidos com antecedência. O terceiro produto que estará à venda nos próximos meses é o Vive, um bracelete que mede a quantidade de álcool e a desidratação e detecta se o usuário está sóbrio ou embriagado. A ideia dos criadores do Vive é de vendê-los em shows e eventos onde existam multidões. A proposta é para ser usado por um grupo de amigos que os sincronizarão e poderão detectar um que tenha abusado do álcool. Nesse caso ele poderá ser encontrado por GPS. Outro dispositivo que visa prevenir problemas com bebedeira, está sendo usado pelo menos pela Volvo. Trata-se de um "bafômetro particular". O motorista sopra no bafômetro do carro e o veículo bloqueia a partida do motor caso o resultado de álcool no sangue seja superior ao limite fixado.

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