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Em Pauta

Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/08/2018 06:54
Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo

Já ouviu falar em elefante branco? Normalmente, é uma expressão utilizada para se referir a algo muito valioso que ficou sem terminar ou sem utilizar. Desde hotéis soberbos a estádios de futebol, eis a "manada" dos mais famosos do mundo. Não são os governantes brasileiros que jogam dinheiro fora. Vejam a lista e observem que deixaram as instalações olímpicas brasileiras de fora (o critério contempla apenas um elefante por país).

Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo
Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo

1.No topo da tabela dos "elefantes brancos" estão as instalações olímpicas de Atenas. Ainda que suscitem muitos debates, esses jogos, que duram apenas um mês, costumam levar à falência países, Estados e cidades. Os gregos gastaram US$9 bilhões para construir essas instalações e ainda estão recuperando a economia local.

Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo
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2. A segunda posição é ocupada por dois porta-aviões britânicos. Lançados em 2016 e 2017, a marinha da Grã Bretanha gastou quase US$8 bilhões para ver essas armas serem o alvo principal das críticas até dos governistas. "Arma inútil" é a acusação.

Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo
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3. A capital fantasma de Myanmar está na terceira posição. Naypyidaw foi construída durante a ditadura militar com amplas avenidas, vilas palacianas e grandes edifícios. A única coisa que falta em Naypyidaw são residentes. O investimento foi de US$5 bilhões.

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4. Palácio do Parlamento da Romênia. As obras terminaram em 1997 e tiveram um custo de US$4 bilhões. Hoje, só 30% do edifício é utilizado. O projeto do ditador Nicolae Ceausescu estende-se por milhões de metros quadrados.

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5. Estádios do Mundial do Brasil. A demagogia do governo brasileiro torrou US$3 bilhões para construir estádios onde o futebol é insignificante. Cuiabá, Natal, Manaus e Brasília têm estádios total ou parcialmente abandonados.

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6. Aeroporto de Mirabel no Canadá. Até tú, oh Canadá? Considerado com eternos bons governantes, o Canadá jogou no lixo quase US$2 bilhões para construir e destruir um aeroporto. O terminal - inútil - foi demolido, só funciona o lado das cargas.

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7. Estádio Olímpico de Montreal. O estádio custou US$1,5 bilhão, nem sequer foi terminado a tempo para os jogos de 1976.

Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo
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8. Hotel Ryugyong na Coreia do Norte. Com capacidade para 3.000 hóspedes, o hotel foi concluído em 2012, mas permanece inacabado, fechado e sem uso. Engoliu nada menos de 2% do PIB.

Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo
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9. Parques e estátuas de Mayawati na Índia. Foi considerado um desperdício obsceno de dinheiro. O político Maywati mandou construir cinco parques e centenas de estátuas monumentais ao custo de US$1,3 bilhões.

Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo
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10. Aeroporto de Ciudad Real na Espanha. Os espanhóis jogaram para o ar US$1,2 bilhão. Abriu em 2009 e fechou em 2012.

Alguns "elefantes brancos" mais caros do mundo

Calor criminoso. Há mais crimes no verão?

A influência do clima no comportamento das pessoas tem sido uma das preocupações tradicionais de quem estuda a delinquência. Adolphe Quetelet, um dos primeiros pensadores dessa pauta, em 1833 realizou uma das primeiras formulações à respeito. Foram chamadas de "leis térmicas" para os delitos. Quetelet garantia que as estações do ano tinham influência considerável no aumento ou diminuição de delitos. A ideia desse estatístico belga, que se sustentava em poucas cifras oficiais, era bastante simples: o calor aumenta o delito contra as pessoas, porque aviva as paixões, enquanto que o frio incrementa os delitos contra a propriedade, como os roubos, porque aumenta a necessidade material dos cidadãos.
Com o passar dos anos essa ideia obteve novos matizes. Em 1891, William Morrison, publicou "O Crime e suas Causas", onde explicava que as relações entre temperatura e crimes era indireta. "O bom tempo multiplica as ocasiões para o intercambio humano" e "a multiplicação desses encontros aumenta o volume de delitos", explicava o britânico.
Com o passar do tempo, essas observações não se livraram de leituras retorcidas. No "Criminologia do Século XXI: um manual de referência", setores racistas dos Estados Unidos argumentaram que os índices de violência mais elevados no sul daquele país se deviam à maior porcentagem de população negra. Segundo eles, levava a predisposição a violência inscrita em seus genes procedentes de países quentes.

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Ideia atuais que relacionam crime com temperatura.

Na atualidade, sobreviveram argumentos para explicar a relação entre clima e delinquência. O primeiro se assenta em argumentos fisiológicos. É indubitável que o corpo humano responde ao calor com uma série de mudanças. Aumenta o ritmo cardíaco, a circulação sanguínea, o suro, a produção de testosterona... Segundo alguns especialistas, o calor também produz efeitos psíquicos, como o aumento da ira. Mas só há uma vasto estudo que corrobore essa ideia de psique e calor: aumenta a quantidade de toques na buzina dos automóveis. As buzinas fervem no calor. Também há um pequeno estudo demonstrando que o calor predispõe os policiais à violência. Mas este último não é bem aceito por muitos cientistas.
Outro grande estudo foi realizado durante 45 dias nos EUA. Demonstra que no calor há o aumento de agressões de todo o tipo. Por último, a Comunidade de Madri acaba de publicar uma pesquisa feminista sobre essa pauta. Compilando dados de 2008 a 2016, conclui que "três dias depois que se produza uma onda de calor em Madri, o risco de feminicídio aumenta em 40%". Nesse estudo, as autoras recordam que o culpado final desses crimes é o machismo e o patriarcado, não o calor.

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