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Em Pauta

Comércio e as relações não tão amenas entre Brasil e Paraguai

Mário Sérgio Lorenzetto | 16/10/2020 06:39
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A fronteira entre o Brasil e o Paraguai foi reaberta após quase sete meses por causa da pandemia. A abertura atende à demanda dos comerciantes paraguaios, que reclamavam do prejuízo acumulado nesse tempo em quem trânsito entre os dois países esteve restrito. A retomada das conexões viárias deve dinamizar não apenas o comércio fronteiriço mas, principalmente, a balança comercial entre os dois países. O Brasil é, tradicionalmente, o principal parceiro comercial do Paraguai. O Brasil absorve em torno de 30% da produção paraguaia e vende algo como 22% de tudo que o Paraguai compra do exterior.


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Mais de 70 mil desempregados.

Só entre Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero, lideranças patronais paraguaias estimam 70 mil desempregados pelo fechamento das duas fronteiras. Alguns comerciantes desafiaram as normas do governo paraguaio e abriram as portas. De nada adiantou, os consumidores não apareceram.


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O Paraguai protegeu a saúde, o Brasil protegeu a economia.

O Paraguai é um países com menos casos de covid-19. Sua estrutura de saúde é muito frágil, mas suas medidas restritivas foram rigorosas. Até a reabertura das cidades fronteiriças, o Paraguai de quase 7 milhões de habitantes contava 1.108 mortos. O Brasil, de 209 milhões de habitantes, contava mais de 150 mil mortos. O número de mortos brasileiros é 100 vezes maior que o de paraguaios.


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O Brasil investe o triplo em saúde.

Os investimentos em saúde do Brasil quase alcançam US$ 1 mil por pessoa. O país vizinho investe pouco mais de US$300 por pessoa. Ou seja, o investimento brasileiro é o triplo do paraguaio.


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Relações ruins.

Bolsonaro e Mario Abdo (Marito) são dois presidentes que guardam em comum o passado militar e as eleições com pautas nitidamente de direita. Nada disso impediu que o governo paraguaio tomasse medidas drásticas restritivas em relação ao Brasil. As críticas choveram. Começaram em abril. O Ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, afirmava: "No Brasil demoraram mais tempo para adotar medidas sanitárias. Em Pedro Juan Caballero faz mais de três semanas que fechamos as escolas e universidades. Em Ponta Porã, as escolas estavam funcionando. As medidas sanitárias não estavam sincronizadas", afirmou. Desde então, o mau humor entre os dirigentes dos dois países foi constante. Tende a passar.

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