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Em Pauta

Custou bem caro o crescimento da vida urbana em Campo Grande

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/04/2015 08:18
Custou bem caro o crescimento da vida urbana em Campo Grande

A vida urbana em Campo Grande saiu de 100 mil habitantes para 800 mil em 40 anos. Custou muito caro.

Primeiro há de se entender a explosão demográfica. Campo Grande nos anos 80 tinha apenas 100 mil habitantes. A partir do momento em que se constituiu capital do Estado, ocorreu um boom, mais de 800 mil habitantes passaram a viver na zona urbana. Em uma quadra onde existia apenas uma casa, em poucos anos surgiram novas 8 residências. Aumenta a intensidade do tráfego (essas casas passaram a ter um ou dois carros). O custo nos serviços urbanos é maior, pois foi preciso estender longas linhas elétricas, rede de água e aumentar desmedidamente as linhas de ônibus. A cidade ganhou uma característica. Como se modificou nos últimos 15 anos - era muito cara por ser uma cidade dispersa - custos elevados a tornaram um tanto mais concentrada. A cidade dispersa é mais cara do que a concentrada. Hoje, Campo Grande só é cara porque os cofres públicos estão escancarados. É provável que o espírito medieval tenha se abatido sobre a municipalidade. Naquela época o dinheiro era guardado em meias, em cofres de cerâmica com formato de porquinhos e raramente em arcas (sem fechadura). Essa é uma rápida análise econômica.

Custou bem caro o crescimento da vida urbana em Campo Grande
Custou bem caro o crescimento da vida urbana em Campo Grande

Campo Grande deixou de ter políticas públicas.

Uma parte dos protestos e da insatisfação com os políticos tem a ver com uma mudança essencial - a política passou a ser feita, exclusivamente, com os olhos voltados para a questão eleitoral e desapareceu a preocupação com as políticas públicas. As pessoas se frustraram. A Prefeitura perdeu ou deixou de incentivar os quadros técnicos permanentes. Aqueles que verdadeiramente definiam as políticas públicas de curto, médio e longo prazo. Isso vale para todos os setores. Vale para a saúde, educação. As pessoas e a imprensa, hoje em dia, discutem muito mais as finanças da administração de Campo Grande do que as práticas administrativas. E um governo não foi feito para gerir apenas as finanças. Eles são obrigados a gerir o cotidiano da população pois, caso contrário, a cidade continuará a definhar. É preciso rever todos os critérios de serviços públicos, destruídos nos últimos anos. Essa é uma tarefa que levará muitos anos para ser concretizada, ainda que tenhamos a sabedoria de escolher bem aqueles que sucederão os atuais administradores.

Custou bem caro o crescimento da vida urbana em Campo Grande
Custou bem caro o crescimento da vida urbana em Campo Grande

A Capital precisa de políticas integradoras.

A vida urbana em Campo Grande tornou-se precária. Extremamente precária. O pedestre anda onde bem entende e reclama dos motoristas. O motorista faz o que quer e reclama dos pedestres. Todos reclamam e ninguém assume responsabilidades. Este é apenas um pequeno exemplo da precariedade da vida em Campo Grande. Os serviços, todos, tornaram-se horríveis. Todos temos de ser educados, e não somos. É claro que os políticos e servidores em primeiro lugar, mas a população também. Precisamos de políticas públicas modernas. Estão administrando uma grande cidade como se fosse uma pequena cidade e não há um só vereador que procure colocar ordem nessa administração.
Primeiro as políticas têm de ser integradoras. É o caso da energia elétrica e do uso da água como se fossem questões isoladas. Também é a situação vivida pela educação, um feudo tucano, e a saúde, feudo de dois vereadores. Prefeito, secretários, técnicos e vereadores. Estão todos com soluções de 40 ou 50 anos atrás.

Custou bem caro o crescimento da vida urbana em Campo Grande
Custou bem caro o crescimento da vida urbana em Campo Grande

Por que os mosquitos preferem picar algumas pessoas?

Muitas pessoas suspeitam que seu sangue tem um "bouquet", um odor muito especial, que atrai os pernilongos quando amanhecem em suas residências cheios de marcas de picadas no corpo e outras pessoas no mesmo quarto não são tocadas por esses insetos. A boa notícia para os que recebem muitas picadas é a de que os cientistas deram um grande passo para resolver esse enigma. A má notícia para eles é que seus filhos também serão muito picados por esses insetos. Segundo um novo estudo, nossa genética cumpre papel determinante para os pernilongos nos escolherem em seu cardápio ou não nos tolerarem como fonte sanguínea. A importância desse assunto transcende a coceira de uma picada de pernilongo, pois o mundo está cheio de doenças importantes por eles transmitidas.

A chave para a descoberta foi a exposição de 40 pares de gêmeos para serem picados. Destes, 18 eram gêmeos idênticos - aqueles que compartilham 100% de seus genes - e os demais eram gêmeos "mestiços", com carga genética diferente. Quando os mosquitos atacavam um dos gêmeos idênticos, também atacavam, em igual percentual, seu irmão. A conclusão é clara segundo os cientistas das Universidades de Londres, Flórida e Nottingham que realizaram o estudo: "Nossos resultados demonstram um componente genético subjacente ao tipo de odor humano, uma diferença genética que é detectável pelos mosquitos através de nosso odor e que é utilizado durante a seleção da pessoa (a ser picada)".

Outros estudos demonstraram que beber cerveja, suor, roupas de cores escuras, emissão de CO2, bactérias da pele e gravidez são importantes para a atração dos pernilongos. A nova pesquisa responde a uma pergunta que era feita pelos cientistas: se duas pessoas estão em um terraço, lado a lado, bebendo cerveja qual delas será atacada pelos mosquitos. A resposta está dada: os genes determinaram em seu nascimento. Dos 400 tipos de compostos que saem de nosso corpo pelo suor, 85% deles tem origem e determinação genética. Agora falta saber quais deles são os "pratos prediletos" no menu dos pernilongos.

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