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Em Pauta

Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise

Mário Sérgio Lorenzetto | 13/05/2015 08:05
Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise

Quem está dando o tom da oposição no Brasil é o Eduardo Cunha.

Quem caiu nas graças de uma parte da imprensa brasileira no curso da crise foi Eduardo Cunha. É o presidente da Câmara, e não o PSDB, que dá hoje o tom da oposição no Congresso Nacional. É ele quem encarna e galvaniza dentro do sistema político o sentimento antipetista.

Eduardo Cunha é uma espécie de genérico de Carlos Lacerda, estridente e conservador até o último fio do cabelo. Faz um tremendo sucesso nesta hora em que tudo na vida do país parece ser de segunda mão. Com ele, diante da nulidade governamental, parte do PMDB vislumbra a possibilidade de aglutinar em torno de si algo que tem cheiro e cor de um projeto, mas está muito distante de se transformar no projeto necessário para o país. Um dia o PMDB foi o partido do nacional-desenvolvimentismo. Com Eduardo Cunha há um arremedo de um projeto liberal-conservador em sintonia com os ventos que sopram das ruas. Que fale tanto à população evangélica como à massa crescente de insatisfeitos, para quem o governo federal, e todos os demais, é um estorvo. A vitória de Cunha deu vazão a um ressentimento generalizado em relação ao PT no Legislativo. É claro que a Lava Jato poderá abatê-lo em pleno voo. Cunha não terá forças para abater o Procurador Janot (se tiver, é melhor fechar as portas e apagar a luz do país).

Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise
Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise

Os bancos estão fechando as portas para a construção de imóveis.

O financiamento à produção de imóveis novos ficou mais escasso e caro neste ano. A Caixa Econômica Federal afirmou a incorporadoras que não financiaria novos empreendimentos além dos contratados. Esse banco também endureceu o crivo de aprovação de crédito para as pessoas em geral. Nos demais bancos que atuam no setor, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, embora ainda contem com recursos para emprestar, aprovar novas operações ficou mais difícil. Aumento o risco de calote na análise deles. Com alto grau de endividamento e estoques elevados, o setor da construção de imóveis ficou, no conjunto, mais arriscado.

Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise
Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise

Estrangeiros procuram pechinchas imobiliárias no Brasil.

Grandes investidores imobiliários como Blackstone Group e Global Logistic Properties estão aproveitando as turbulências da economia brasileira para sair à caça de pechinchas. A maioria dos investidores que estão no Brasil vem evitando o setor diante da queda nos aluguéis e nos imóveis de ocupação. As vendas de imóveis no Brasil alcançaram apenas US$584 milhões no ano passado, comparado com US$698 em 2013 e US$ 1,92 bilhão em 2012, segundo a Real Capital Analytics Inc.

A divisão imobiliária da Blackstone está, pela primeira vez, abrindo um escritório no Brasil que será comandado por um ex-gestor da área imobiliária do BTG Pactual. Enquanto isso, a Global Logistic, que tem sede em Cingapura, já comprou um portfólio de 34 imóveis industriais no Brasil por US$1,36 bilhão e está comprando áreas para construção de pequenos proprietários com dificuldade para levantar capital. Eles dizem que ciclos de altas e baixas devem ser esperados no Brasil, mas dizem ter esperança na força dos motores que até recentemente alimentaram o forte crescimento econômico do país, inclusive de uma classe média em ascensão e pela abundância de recursos naturais. É claro que esse discurso é importante, mas o fundamental é a queda recente do real, que hoje vale cerca de US$ 0,30 comparado com mais de US$ 0,60 há alguns anos. O receio dos estrangeiros em fazer essas incursões neste momento é da inflação e dos juros altos levarem mais tempo do que o esperado.

Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise
Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise

Em que o ajuste fiscal pode mudar tua vida.

Veja o impacto que as medidas fiscais do Governo Federal pode ocasionar em tua vida:
1. O custeio do governo federal - reduz as despesas dos ministérios e autarquias em R$ 58 bilhões. Impacto para a população: atraso e cancelamento de obras do PAC e do Minha Casa Minha Vida.
2. Benefícios trabalhistas - altera valores pagos para abono salarial, seguro-desemprego, seguro-defeso, pensão por morte e auxílio-doença. Gera economia de R$ 15 bilhões. Impacto para a população: muda normas trabalhistas e dificulta o acesso a esses benefícios.
3. IPI cosméticos - equipara o imposto do atacadista ao do fabricante. Aumenta a arrecadação em R$ 653 milhões. Impacto para a população: eleva a alíquotas para 11,75%, percentual que refletirá no bolso do cidadão.
4. IOF para crédito de pessoas física - Aumenta a alíquota na hora de comprar dinheiro no banco para 3%. Arrecadará mais R$ 7 bilhões. Impacto para a população: encarece o custo da compra de dinheiro ou no uso do cheque especial em 3%.
5. CIDE combustíveis - retoma a cobrança desse imposto que estava zerada. Aumenta a receita em R$ 14 bilhões. Impacto para a população: aumento de R$0,22 no litro da gasolina e de R$0,15 no litro do óleo diesel.
6. PIS/Cofins importação - eleva a cobrança do imposto nas importações. Aumenta a receita em R$ 694 milhões. Impacto para o cidadão: qualquer produto importado terá aumento de pelo menos 11,75%.
7. IPI dos automóveis - retorna a alíquota que varia de 7% a 13%. Aumenta a receita em R$ 5 bilhões. Impacto para o cidadão: aumento dos preços dos veículos pelo menos em 4,5%.
8. Desoneração da folha de pagamento - empresas que pagavam 1% a 2% passam a pagar 2,5% a 4,5% sobre sua receita bruta. Gera receita de R$ 5 bilhões. Impacto para o cidadão: provável demissão em massa.
9. Imposto de renda - correção do imposto de forma escalonada. O percentual é de 6,5%, 5,5%, 5% e 4,5% de acordo com a faixa salarial. A faixa de isenção mensal saltou de R$ 1.787 para R$ 1.903. Economizará R$ 3 bilhões para o governo. Impacto para o cidadão: começou a valer em abril por isso ainda muitos não perceberam.

Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise
Eduardo Cunha ganha parte da imprensa brasileira no curso da crise

De saltos altos e bolsas pesadas. A moda que prejudica a saúde e se eterniza.

Saltos altos e bico fino. Bolsas pesando mais de 5 quilos. Alguém duvida que são hábitos, ditados pela moda, que prejudicam a saúde? Um estudo do N.York Presbyterian Weill Cornel Medical Center, um dos mais renomados centros de saúde dos Estados Unidos indica que 70 a 85% das pessoas terá dor na parte inferior das costas em algum momento de sua vida. Entre outros motivos por carregar peso demais. Muitas bolsas femininas são fabricadas para suportar entre 10 e 15 quilos, quando o máximo recomendado é de 5 quilos. Mas com um porém, dividindo a carga entre os dois ombros utilizando uma alça extra para a bolsa. Também observem bem: 5 quilos é o máximo. O ideal é de 2 a 3 quilos.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Spine Health Institute, do Florida Hospital Medical Group (EUA), 72% das mulheres usam sapatos de saltos altos, ao menos de vez em quando. Os médicos do centro alertam sobre os riscos de usar salto alto - dores e lesões na coluna vertebral, câimbra na panturrilha e varizes são as mais comuns. Recomendam que os sapatos não tenham ponta fina nem superem os 5 centímetros de altura, além de alterná-los com sapatos planos. Está comprovado que os saltos e, sobretudo, o bico fino, favorecem o aparecimento de "hallux valgus", conhecida como joanete. O melhor é escolher um calçado com salto entre 2 e 3 centímetros, para que o peso do corpo possa se repartir adequadamente.

Também alertam para outros hábitos modernos como o uso de computadores com a tela de lado e não passar mais de meia hora sem ficar de pé. Outro alerta é quanto ao uso dos celulares. Tornou-se o aparelho que ocupa mais horas em nossas vidas: entre 2 e 4 horas diárias. Isso significa que passamos entre 700 e 1.400 horas por ano forçando as cervicais, um autêntico castigo para essas vértebras. Apontam dois cuidados, no mínimo: colocar o celular na altura dos olhos e jamais apoiá-lo entre a cabeça e o ombro.

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