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Em Pauta

Estamos na antevéspera de uma Assembleia Nacional Constituinte

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/06/2015 08:28
Estamos na antevéspera de uma Assembleia Nacional Constituinte

Estamos na antevéspera de uma Assembleia Nacional Constituinte.

A sociedade brasileira está, novamente, psicótica. Ela sempre foi frágil uma vez que suas elites que mantêm o ranço da senzala, são as responsáveis por uma brutal exclusão. Nossa elite é senzaleira e não se cansa de praticar a arte malandra da conciliação. A grande conciliação em torno de Tancredo nos legou Sarney na Presidência da República. FHC, o único presidente que buscou um projeto nacional, fechou acordo e se curvou ao Antônio Carlos Magalhães. Lula foi bater continência para o Maluf. É esse nosso "modelão". Há poucos bolsões de modernidade.

A crise não nasce hoje; seu principal insumo não está presente apenas na economia, mas fundamentalmente na despolitização das camadas "de baixo". As manifestações estão sendo mal entendidas como coisa "de coxinha e branquelo". Essas camadas pelo menos foram às ruas mostrar sua indignação. Militares inclusive. Está claro um aumento da insatisfação social. E nesse pote cheio de mágoa tem de tudo. Tem a indignação política, tem a econômica e até a contra os dirigentes de futebol.

Mas há algo de positivo. Está se esgotando o hábito da "costura por cima", a eterna "conciliação da elite", daqueles que "são mais iguais que os outros". Uma nova Assembleia Nacional Constituinte está sendo gestada. Parece inevitável. O clamor por profundas mudanças vem crescendo, já não basta o "tico-tico" de uma pequena mudança na saúde, na educação e em tópicos menores. Todos os governos estão sentindo o fim dessa era, só não estão entendendo os sinais. Trata-se da crise do regime e de um modelo que está fazendo água, com brutal corrupção, um número absurdo de funcionários públicos, dos donos das senzalas lutando por cargos. Mas, também há novos atores, alguns raros políticos ativos, novos magistrados, jornalistas corajosos e muitos líderes sindicais preocupados, de trabalhadores e patronais. Todavia, falta a universidade acordar de seu sono letárgico e sair da mesmice burocrática. Estamos na antevéspera de profundas mudanças. Preparemo-nos.

Estamos na antevéspera de uma Assembleia Nacional Constituinte
Estamos na antevéspera de uma Assembleia Nacional Constituinte

Matar tigres e esmagar moscas.

A corrupção é um dos temas prediletos do povo chinês. Assemelha-se muito ao momento brasileiro. Universitários falam abertamente da riqueza dos funcionários públicos e dirigentes do Partido Comunista Chinês. Trabalhadores de todos os setores da economia discutem a corrução, mas para eles o maior dilema é a transformação de uma economia coletiva, que protegia o indivíduo (o modelo socialista), para uma economia individualista onde cada um tem de se virar para sobreviver (a atual realidade capitalista). A maior rejeição aos dirigentes chineses é encontrada na moderna Lhasa, capital do Tibet. Nessa cidade, onde o centro sempre foi o budismo, o capitalismo entrou avassaladoramente, especialmente pelas mãos dos mulçumanos -comerciantes. Mas a corrupção é denunciada em todas as cidades chinesas.
Desde que assumiu as rédeas do Partido Comunista, em 2012, Xi Jinping se dispôs a "disciplinar o partido", integrado por 90 milhões de chineses. Seu lema, "matar tigres e esmagar moscas", se traduziu na punição a 414.000 funcionários públicos, processos contra mais de 200.000 supostos corruptos e a fuga de 150 deles para os Estados Unidos. É verdade, a corrupção é o tema predileto nos debates chineses. Todavia, matam os tigres-chefões que devoram o cofre público e esmagam as moscas-barnabés que empesteiam os órgãos públicos com toda ordem de mazelas. Tomam providências reais e eficazes atingindo a pirâmide inteira da corrupção. Do chefão ao funcionário de menor escalão, todos vão para a cadeia. A corrupção não é praticada apenas dos poderosos.

Estamos na antevéspera de uma Assembleia Nacional Constituinte
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Cuidados na compra de um carro seminovo. Você pode estar levando um pt.

Comprar um carro usado em uma loja tem suas vantagens: a principal são os três meses de garantia que elas costumeiramente fornecem. Mas, em alguns casos, também guardam armadilhas. Se existem centenas, milhares de lojas absolutamente honestas, existem, também, aquelas que adoram enganar os clientes.

O primeiro cuidado é a verificação do odômetro. Algumas dessas lojas voltam a numeração marcada, falsificando a verdadeira quilometragem andada. Outras, tiram os pneus carecas e colocam pneus frisados ou remoldados de péssima qualidade. Tem cara-de-pau que tira a plaquinha de trás do carro que saiu de fábrica "standard" e vira "super-luxo". Mas, pior mesmo é a loja que vende o "pt". O pt é o carro que deu "perda total" no seguro. Foi leiloado, reparado em uma oficina "boca-de-porco", que não oferece mínimas condições de segurança e será constante ameaça à integridade de seus ocupantes. Desconfie de um pt pelo preço excessivamente inferior ao de mercado. Milagre demais, o santo desconfia.

Estamos na antevéspera de uma Assembleia Nacional Constituinte
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Porque o holandês é o único povo da Europa que não engorda.

Todos os países europeus terão mais obesos até 2030, menos a Holanda. Quais os motivos que levam essa população a continuar magra mesmo comendo muita batata frita com maionese? De fato, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Holanda é o único país europeu que não tende a ver suas taxas de obesidade crescerem nos próximos 15 anos. Os obesos da Holanda chegarão a meros 8,5% enquanto os demais povos europeus atingirão em torno de 50%.

Isso, acreditam muitos holandeses, se deve ao hábito de pedalar. Ninguém usa tanto a bicicleta como meio de transporte (é bem diferente de pedalar por diversão) como os holandeses. Eles pedalam, em média, 2,5 quilômetros por dia. Mas tem muito mais que somente pedalar. Não existe um programa governamental de combate à obesidade como o da Holanda. Há um rígido controle de saúde dentro da escola. Por exemplo, os alunos só tomam água. Refrigerantes? Nem em sonho. E tem mais, a mesma rigidez dentro da escola é observada nas imediações escolares. Eles não permitem os "Mac Donalds" e demais fast foods nas cercanias das escolas. E fecham o ciclo com os jovens e crianças indo a pé ou de bicicleta para os estudos. Não há mágica, há esforço coletivo e bons costumes.

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Os atletas mais bem pagos do mundo.

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