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Em Pauta

Ex-ministros do PT e PSDB se uniram para lutar contra a PEC da maioridade penal

Mário Sérgio Lorenzetto | 05/06/2015 07:00
Ex-ministros do PT e PSDB se uniram para lutar contra a PEC da maioridade penal

PT e PSDB se unem contra a PEC da maioridade penal.

Após o terremoto vem a reconstrução. Esse é um princípio basilar de qualquer sociedade que tenha ultrapassado os umbrais do primitivismo (ou do oportunismo). Infelizmente, no Brasil essa consciência está sendo desrespeitada no que tange à economia. Não existem propostas alternativas, não há um só modelo diferente do que vem sendo apresentado pelo Ministro da Fazenda, e ainda assim Brasília está cheia de "cupins" corroendo os alicerces das medidas de contenções de gastos. Se não existe união nacional no âmbito da economia, muito menos há na saúde, segurança e educação. Brasília está inerte na área social. Falta luz, falta energia, falta credibilidade a todos os agentes políticos.

Mas na escuridão há uma tênue luz. Nada menos que oito ex-ministros dos Direitos Humanos se uniram para lutar contra a PEC da maioridade penal. Eles são do PSDB e do PT. O açodamento do "Todo Poderoso Chefão", Eduardo Cunha, poderá unir os "eternos adversários" definitivamente nessa empreitada. Cunha afirmou que colocará em votação ainda no mês de junho a PEC 171/93. Esse projeto de lei que visa reduzir a maioridade penal dos 18 anos para os 16 anos foi proposto pelo deputado do PP e pastor Benedito Domingo e goza da fama de unir a bancada evangélica à da "bala" (ligada à indústria de armamentos).

O governo federal reagiu anunciando a criação de um grupo para fazer frente à votação da PEC 171. O mais peculiar é que a contraofensiva passa por uma inesperada aliança entre PT e PSDB. E o mais alentador para a política nacional é que a trilha aventada tem nome e endereço - Geraldo Alckmin, Palácio dos Bandeirantes em São Paulo. A ideia é atrair apoio a uma proposta apresentada por Alckmin que defende um maior tempo de internação de menores infratores que cometem crimes hediondos e pode ser uma saída para a redução da maioridade.

Ex-ministros do PT e PSDB se uniram para lutar contra a PEC da maioridade penal
Ex-ministros do PT e PSDB se uniram para lutar contra a PEC da maioridade penal

Uma vitória chocha e uma saúde mal administrada.

No futebol há dois tipos de vitória. De um lado está a vitória triunfal, aquela em que o time supera todas as dificuldades e leva os torcedores à loucura. De outro, está a vitória chocha. Com um placar magro, obtido com um fogo burocrático que não empolga ninguém. A vitória de Dilma foi chocha. Levou o título de bicampeã, mas mesmo a seus torcedores mais fanáticos, ficou a sensação de alívio e não de euforia. Essa é uma nuance que não pode passar despercebida ao longo de seu novo mandato. Há uma clara sensação de "chochicidade". Mesmo que venha a apresentar a melhor das notícias, ela se reverterá em chochicidade. Nesse caso, o inverso do chocho é a raiva. Com as constantes más notícias do pós-eleição, aumenta a ira do torcedor, aliás, do cidadão. Sob esse prisma está a saúde pública.

O primeiro mandato de Dilma tentou preencher a lacuna da falta de médicos especialistas trazidos de fora para o programa Mais Médicos. As eleições se avizinhavam e ela tinha de apresentar soluções rápidas. Mas deixou de lado outras possibilidades importantes para o médio e longo prazo. A Universidade de Brasília a essa época defendia a tese de que "a melhor opção seria um plano de carreira para os médicos que previsse a atuação no interior e nas periferias das grandes cidades, como faz o Poder Judiciário e algumas outras funções do poder público". Outra medida seria capacitar profissionais como os enfermeiros para fazer um primeiro atendimento nas regiões mais afastadas. Dependendo da complexidade, o paciente seria direcionado a centros mais equipados. Todo esse debate não foi retomado. E ele não custa dinheiro até ser colocado em prática. A chochicidade continua.

Ex-ministros do PT e PSDB se uniram para lutar contra a PEC da maioridade penal
Ex-ministros do PT e PSDB se uniram para lutar contra a PEC da maioridade penal

O imenso mercado hospitalar brasileiro.

O sistema de saúde brasileiro é um imenso mercado para todo tipo de fornecedor. São 6.656 hospitais, dos quais 2.827 privados. Os planos de saúde, principais usuários dos hospitais, têm cadastrados mais de 50 milhões de clientes. Esse mercado tem um valor que varia entre US$ 100 bilhões e US$ 160 bilhões anuais, conforme o método de fazer as contas e a consultoria que a fez. Ele é ainda muito atrasado. Na grande maioria dos hospitais o computador ainda é usado como máquina de escrever, segundo o Centro de Estudos e Gestão da Saúde da FGV.

Ex-ministros do PT e PSDB se uniram para lutar contra a PEC da maioridade penal
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Ressecamento dos olhos causados pelos monitores de computadores.

Evidências crescentes sugerem que ficar olhando fixamente durante 6 a 8 horas por dia para monitores de computadores pode estar prejudicando os olhos. Tendem a piscar com menos frequência e têm lágrimas que evaporam mais rapidamente, o que resseca os olhos e pode provocar sintomas como visão embaçada ou dor. Se não forem tratados, olhos secos podem levar a úlceras de córnea e formação de cicatrizes. As lágrimas mantêm os olhos úmidos e eliminam poeira ou detritos que podem provocar danos. Todavia, as lágrimas de pessoas com olhos secos têm menor quantidade de uma proteína chamada mucina que ajuda a manter lágrimas pegajosas e bem distribuídas pela superfície dos olhos.

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