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Em Pauta

Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro

Mário Sérgio Lorenzetto | 24/02/2014 08:40
Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro

O ex-presidente da Funai, Márcio Santilli diz que há muita terra para poucos fazendeiros e dispara contra Dilma

Márcio Santilli foi pessoa-chave na defesa dos povos indígenas na Constituinte de 1988. De lá para cá sempre esteve na linha de frente dessa luta, sendo incluído em um seleto rol dentre os “Heróis do Meio Ambiente 2009”, pela revista Time. Em 1995 foi nomeado presidente da Funai. Ele rebate o dito ruralista de que no Brasil “há muita terra para pouco índio”, com um raciocínio que termina em “no Brasil há muita terra para pouco fazendeiro”.

Com a experiência de dois anos administrando a Funai, Santilli, diz que o órgão sempre foi a “Geni da República” e que não há como fazer um trabalho com tanta demanda sem recursos, técnicos e mecanismos de indenização.

Embora veja o caso dos guarani-kaiowas no Mato Grosso do Sul como o exemplo mais gritante de omissão histórica do estado brasileiro, diz que há solução.

Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro

A solução está na indenização e não contra as demarcações, diz Santilli

Afirma que o que está sendo discutido é a indenização pela terra e como há veto constitucional para tanto, poderia ser pelo fato de a “União ter induzido o cara a uma fria”. O que deveria fazer com que tivesse direito a receber indenização suficiente para recompor sua vida em outro lugar.

Santilli também afirma que há terra para todos e que pelos dados da Embrapa, há 5 milhões de hectares no Mato Grosso do Sul de terras desmatadas e não ocupadas, degradadas.

Na avaliação do governo Dilma quanto à demarcação de terras para indígenas, Santilli argumenta que este é o governo que tem o pior desempenho desde o final da ditadura. Não que a presidente tenha alguma coisa contra índio. Ela também tem o pior desempenho em relação à titulação de quilombos, à criação de unidades de conservação, de reservas extrativistas e de assentamentos de reforma agrária.

Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro
Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro

Fusão da ALL e Rumo. Há esperança para a melhoria do transporte ferroviário no Mato Grosso do Sul?

A partir da disputa entre a ALL e a Rumo do grupo Cosan, em torno de um contrato bilionário fechado em 2009 para transporte de açúcar, as duas empresas envolvidas chegaram à conclusão de que o melhor caminho seria a união e abandonaram o renhido embate que as envolvia. Esse embate, que chegou à justiça, envolvia ainda a duplicação de um trecho ferroviária entre Itirapina (SP) e o porto de Santos que não foi construído pela Rumo.

A ALL ficará com 65% da nova empresa e a Rumo com os 35% restantes. A nova empresa permanecerá com o mesmo nome – ALL. Ela será gerida por um conselho que conta com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como um dos membros.

A nova ALL irá operar 13 mil quilômetros de ferrovias, mais de mil locomotivas, 29 mil vagões, um terminal exclusivo de açúcar, participações em outros terminais de grãos e acesso aos portos de Santos e Paranaguá.

A outra novidade que trará a nova ALL será a de priorizar os embarques da soja em detrimento do açúcar. Muito difícil de acreditar, mas com essa fusão existirá alguma esperança para os obsoletos trilhos que cortam o Estado do Mato Grosso do Sul?

Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro
Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro

Cresce venda de roupas com proteção contra os raios ultravioleta

O verão mais quente dos últimos anos está popularizando a venda de roupas com proteção contra raios ultravioleta. Nas piscinas de Campo Grande e as academias, o filtro solar está acompanhado por essas roupas.

As lojas especializadas indicam aumento de 50% nas vendas em comparação com os números de dezembro, janeiro e fevereiro de 2013.

O outro aumento está na procura por certificação dos produtos. Camisetas, calções, biquínis, viseiras e chapéus estão abarrotando os certificadores do Senai, procurando por testes para homologar tecidos com proteção.

Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro

Crescimento da certificação está em 190% nos dois primeiros meses do ano

As empresas estão reforçando os estoques, principalmente com cores cítricas e as roupas para crianças. Os primeiros testes foram realizados na Austrália, país que desenvolveu as primeiras normas para esses produtos. No Brasil, o laboratório do Senai do Rio de Janeiro, é o único habilitado a certificar a proteção solar.

O laboratório acha que o uso de tecidos com proteção no cotidiano é uma tendência. A próxima fronteira está nos uniformes e equipamentos de proteção.

Também informam que os produtos mais avançados disponíveis no mercado oferecem proteção equivalente a de um filtro solar fator 50. Eficazes e bem mais caros.

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Doces trabalhadoras

Em vista da diminuição repentina de grades colônias de abelhas, os cientistas dedicados a conhecer a vida dos insetos, creem que Albert Einstein não estava errado quando dizia que: “se as abelhas desaparecessem da superfície da terrestre, então aos seres humanos sobrariam apenas 4 anos de vida útil. Não tendo abelhas, não há polinização, não existirão mais plantas, não existirão animais, não existirão homens”. Desde o começo deste novo século tem sido informadas desaparições ou morte súbita de abelhas produtoras de mel nos EUA, Canadá, Israel, Espanha, Grã Bretanha e China. A diminuição destas colônias, todavia, não tem uma explicação definitiva, mas as suspeitas apontam para várias causas – infecção de ácaros, uso de pesticidas altamente tóxicos e, inclusive, alta concentração de ondas de celulares.

A produção de mel no Mato Grosso do Sul ainda não atende as necessidades de consumo e está distante dos problemas que surgem em vários países, há muito a explorar e a melhorar.

Temos em torno de tão somente 700 apicultores que estão trabalhando com aproximadamente 21 mil colmeias. Estas colmeias vêm produzindo de 430 a 650 toneladas de mel por ano. Total irrisório até para as necessidades locais.

Ainda considerada atividade secundária, tem pouco investimento

O melhoramento genético de rainhas ainda é exceção no meio dos apicultores. Bem como o manejo que somente a partir do ano passado passou a aprender com técnicas argentinas, por esforço da Faems (Federação de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul).

Ainda assim, quase trabalhando somente com os resultados que a natureza proporciona ou como afirma o inspetor de mel orgânico Paulo Dalastra: “na época da pedra lascada”, o entusiasmo é grande no setor os novos estudos apontam para a possibilidade das colmeias do Mato Grosso do Sul saírem de uma média de 20 quilos para 70 quilos de mel por colmeia por ano. O aumento da produção poderá ser ainda maior no Bolsão do Estado, onde as abelhas podem utilizar tanto a florada silvestre quanto a de eucalipto, podendo atingir o pico de produção com 120 quilos. Um salto gigantesco de 20 quilos para 120 quilos de mel por colmeia por ano.

Ex-presidente da Funai diz que há muita terra para pouco fazendeiro
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Facebook e WhatsApp: a compra do ano e o debate da década

A aquisição do WhatsApp pelo Facebook surpreendeu o mercado de mídias digitais não somente por conta da cifra – US$ 19 bilhões – mas pela consolidação do comprador em um mercado que, agora, vai incluir o ingresso em definitivo no segmento móvel. Análise do instituto Euromonitor Internacional, aponta o porquê de a compra fazer sentido no atual momento do mercado digital. Menos desesperadora e de maior necessidade de consolidação. Em resumo, o WhatsApp é considerado a porta de acesso ao mercado de telefonia móvel, de influência por meio de uma plataforma que tem apelo global, multicultura e de absorção rápida entre os consumidores de economias emergentes.

A compra faz do WhatsApp a empresa de capital mais valiosa da história até o momento, com orçamento acima de multinacionais como a Sony e a American Airlines. Na avaliação do Euromonitor Internacional, a aquisição vai além de cifras e o raciocínio empresarial. Está ligada, sobretudo, ao comportamento dos usuários do Facebook e WhatsApp. Este último, pela avaliação, conta com maior fidelidade por parte do usuário.

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Sempre há vantagens em superfaturar uma empresa

No raciocínio – este lógico – do Facebook, está o ingresso sem necessidade de arcar com os custos de licenciamento nos serviços de banda larga móvel e tirar um concorrente potente do mercado. São, ainda, quase 500 milhões de números de celular na plataforma do WhatsApp e, desses, 72% se utilizam do serviço quase todos os dias.

Entre as desvantagens apontadas, no negócio está a penetração na Ásia, servida por provedores locais. Há, ainda, a necessidade de privacidade entre os usuários – uma ‘bandeira’ do Facebook – que podem ser adiadas para a adequação do WhatsApp.

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