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Em Pauta

Jogando Pokémon para entender a nova loucura.

Mário Sérgio Lorenzetto | 16/07/2016 07:00
Jogando Pokémon para entender a nova loucura.

É o jogo acusado de destruir relações amorosas. Pelo menos uma norte-americana morreu em acidente de transito causado pela falta de atenção, os olhos estavam grudados no jogo. A polícia teve de emitir alertas para os inúmeros casos de roubos facilitados pela distração do Pokémon. Não há memória de um impacto tão repentino e massivo na história dos jogos eletrônicos. Ele é viciante. Já foi descarregado mais de 15 milhões de vezes e ultrapassou o tempo mundial de utilização do Facebook. Como isso se explica?
Disponível apenas para os Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, o Pokémon Go é um jogo gratuito até determinada fase. Ele usa sensores, GPS e a câmera do celular para entrelaçar o mundo real com o virtual. Sabe-se que correm por ai versões piratas do jogo, mas os analistas mostram que há riscos de essa pirataria custar caro pela captura de dados de quem utilizá-las. Não há data de lançamento para o Brasil.

Jogando Pokémon para entender a nova loucura.

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Jogando Pokémon para entender a nova loucura.

À caça do Pokémon.

Descarregamos o jogo para iPhone, através da loja iTunes dos Estados Unidos fomos à caça do Pokémon. No início o jogo permite personalizar a aparência do jogador que será o "treinador de Pokémon". Os Pokémons são criaturas fantásticas que queremos apanhar e treinar para, mais tarde, colocá-los lutando uns contra os outros. Depois, não dá para jogar sentado no sofá. O jogo exige do treinador que ele caminhe e vá procurar Pokémon nas ruas. A tela mostra uma simulação animada do treinador e do local onde se encontra. Quando começamos a andar, o aplicativo usa o GPS para determinar nossas coordenadas. De repente surge na tela um aviso de que há um Pokémon nas proximidades. E é preciso que nos aproximemos para apanhá-lo com uma Pokeball (uma bola). Quando chegamos perto, a câmera do celular é ativada e mostra a pequena serpente, o dragão ou o Pikachu mexendo-se em cima de um arbusto em uma escada ou na rua. É a sobreposição da fantasia no mundo real - por isso, é chamada de realidade ampliada.
Desliza-se para atirar a bola e apanhar o Pokémon, às vezes só após algumas tentativas, que é guardado dentro da bola. Passam-se os níveis. Finalmente, chega-se a uma "academia", onde o treinamento permitirá por o Pokémon lutando - nível cinco. Entretanto, o ideal é procurar uma Pokestop, locais como fontes, jardins ou edifícios singulares onde possamos recarregar o cesto de Pokeball e de ovos - que originam novos Pokémons.
Há centenas de Pokémons diferentes. Alguns só aparecem à noite ou só se encontram junto à água. É um jogo verdadeiramente social. Narram que os jogadores se encontram nas ruas para perguntar se viram algum Pokestop. Ele te obrigará a ir para a rua, a andar quilômetros e a interagir com outros jogadores. Também narram nos Estados Unidos que existem casos de quem tenha caído na rua ou batido a cabeça em um poste. Uma adolescente encontrou um cadáver de jogador no rio. Algumas pessoas perderam o sossego porque suas casas estavam no jogo como "academia" e os jogadores se dirigiram a ela em plena madrugada. Os patrões estão reagindo encolerizados com o jogo, acusam-no de perda de produtividade. Também é possível que alguns jogadores percam alguns quilos... Ele marca um novo tempo no mundo dos jogos. É assim que todos terão de agir, interagindo com o mundo real.

Jogando Pokémon para entender a nova loucura.

Nice. Terrorista abalroa dois quilômetros de famílias.

Um caminhão alugado dois dias antes por um franco-tunisiano, residente em Nice, percorreu quase dois quilômetros de uma avenida a beira-mar, um local onde se encontravam cerca de 30 mil pessoas, abalroando famílias inteiras e deixando um cenário de horror para trás.
O condutor do caminhão já foi formalmente identificado pelas autoridades como sendo Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos de idade. Sabe-se que trabalhava como motorista de uma empresa de entregas e que já era conhecido pelos policiais por pequenos crimes, especialmente por atos de violência, mas não estava sob vigilância das agencias antiterroristas. O apartamento do autor do ataque, em Nice, foi revistado pelas autoridades que procuram descobrir se Mohamed terá agido sozinho. Apesar de não assumir o ataque, as imagens do massacre foram aproveitadas, com doses de alegria e entusiasmo, pelo comando do Estado Islâmico. À medida que o mundo desperta para mais uma atrocidade, as reações de pesar, revolta e solidariedade vão sendo conhecidas. É fundamental que sempre se repita: os terroristas desejam destruir os alicerces do mundo Ocidental e instaurar suas ideias medievais de sociedade.

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