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Em Pauta

Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/01/2016 08:32
Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul

As chuvas ocasionaram o maior desastre na logística do estado: "Esta situação é inédita. Um evento adverso que promoveu tantos estragos. Mais de 90 pontes foram destruídas, pequenas e grandes, de madeira e alvenaria; foram danificados mais de 3 mil quilômetros de malha viária tanto nos municípios, estradas vicinais, estradas municipais, também rodovias estaduais e ainda rodovia federal". Esse é o relatório do coronel Isaías Bitencourt, coordenador da Defesa Civil, órgão vinculado à Governadoria do Estado. As estimativas iniciais dão conta de que prefeituras e governo estadual necessitarão de mais de R$ 200 milhões para restabelecer a logística estadual. Todavia, as chuvas intensas devem continuar até o fim de fevereiro. E atingirão ainda mais a colheita da soja. Dados ainda incipientes mostram quebra de 15% na colheita desse grão na metade do estado. A magnitude do desastre não permite discursos e ações midiáticas. Exige a soma de esforços de todos os entes envolvidos e dos políticos. Em nada contribui atitudes como a do Deputado Zeca do PT procurando culpados. A população não necessita de ódios de eternos derrotados e sim da contribuição de todos. Como o único representante de seu partido que ainda não recebeu a visita da Lava Jato, cabe a ele a façanha de conseguir a colaboração de seu governo para minimizar o desastre. Algo difícil de acreditar, uma vez que vive de discursos. Bem claro: retire R$ 200 milhões dos cofres de Brasília para socorrer as prefeituras e o governo estadual e vocifere à vontade.

Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul
Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul

O grande papel da Lava Jato está na defesa do livre mercado.

A Lava Jato começa a receber ataques dos mais variados setores da sociedade. Exaustão? Receio das perdas econômicas que lhe são imputadas? Excessiva ocupação de espaços na mídia em detrimento de outros órgãos fiscalizatórios? Medo de 90% dos políticos de todo e qualquer partido? Enfim, basta ler revistas e jornais para perceber que soam as cornetas, foi dada a largada para a caça dos caçadores.

Há uma clara falha nos debates encetados pelos membros da Lava Jato; eles nada falam sobre o mercado. Passam, tão somente, uma vontade de praticar uma cruzada ética. Retirar o país do eterno vício de prender pobre, prostituta e negro e começar a levar para a cadeia os ricos e poderosos. É uma virada, mas ela teve início no Mensalão. A Lava Jato é um dos atos mais importantes em defesa do mercado que o Brasil jamais fez. Ela, pela primeira vez, estimula a competição e a concorrência. O Brasil toma rumos estranhos, fez uma opção pelo mercado, sem desenvolver a concorrência. E é isso que a Lava Jato traz em seu cerne, ainda que seus membros nem mesmo suspeitem, busca resgatar, a defesa constitucional do mercado como patrimônio legítimo para a produção e a preservação de riqueza. Mas ela tem de obedecer a regras válidas para todos e não para alguns "companheiros". Não pode ser apropriado por grupos privados. O que aconteceu com a Petrobras não foi apenas a provável criação de um duto de dinheiro do órgão para alguns políticos como Delcídio do Amaral e Vander Loubet. Não foi apenas um dano à administração pública. Foi, principalmente, um imenso dano ao mercado. As empreiteiras denunciadas, junto com políticos e funcionários, atacam os cofres públicos desde a ditadura militar. Elas cresceram, agigantaram. Suas concorrentes, apequenaram, sumiram.

Esta coluna já afirmou de outras vezes: enquanto não houver uma nova Lei de Licitações, as chaves dos cofres de todos os órgãos públicos do país estarão nas mãos de alguns poucos "empresários", que continuarão enriquecendo, ilicitamente, da noite para o dia. Em detrimento de uma imensa multidão de outros empresários. Esta coluna também já afirmou que neste momento, em todos os órgãos públicos do país, sem nenhuma exceção, estão ocorrendo corrupções de todos os tamanhos - sob a égide da Lei das Licitações. A Lava Jato não os atemoriza. Os membros da Lava Jato, e as demais instâncias do poder Judiciário, deveriam estar propondo um ataque ao cerne da corrupção e não apenas a criação de lei que lhes dê mais poderes.

Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul
Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul

Operação antimulta.

Melhor prevenir que remediar. Para evitar multas e reduzir despesas com processos trabalhistas, algumas empresas começaram a investir em programas de prevenção - compliance - que, em alguns casos, incluem grupos de profissionais especializados para atuar nos moldes do Ministério do Trabalho. Médicos do trabalho, engenheiros especializados, técnicos em segurança, advogados e ergonomistas, são os componentes obrigatórios dos grupos que buscam inconformidades na empresa. São os "fiscais" da própria empresa incumbidos de promover correções eventualmente necessárias. Ótima decisão. Antes tarde do que mais tarde, sob o látego das multas.
A JBS é uma das empresas que está aderindo à inovação. Não é para menos, está na lista das dez maiores empresas com processos trabalhistas em quatro estados - Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Rondônia.

Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul
Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul

O mal escondido em nós: série debate como a evolução das tecnologias afetará o futuro.

Quando vemos a realidade que vivemos refletida em uma série cinematográfica sentimos um travo na garganta. A série "Black Mirror" - disponível através da Netflix - é uma estranha ficção. Inglesa, com sete episódios, sem elenco nem personagens fixas, cuida de apenas um tema: como a evolução das tecnologias, disponíveis hoje, afetará o futuro.

Um dos episódios começa com uma mulher que desperta com uma forte dor de cabeça e amnésia. Ao sair de casa, descobre que a maioria da população se tornou voyeur. A população está sedenta de fotografar atos de agressão perpetrados por uma minoria violenta. A mulher é perseguida por essa minoria. Sempre que se vê em apuros, pede ajuda às pessoas. Inútil. Em vez de a salvarem, todos estão mais concentrados em fotografar e filmar a perseguição.
O que assusta em "Black Mirror" é o quão verosímil o que é mostrado. É uma evolução lógica daquilo que temos, um retrato preciso dos passos tortos que estamos começando a dar nas sendas do novo século. Sucesso de público e de crítica na Europa e Estados Unidos, "Black Mirror" ganhará novos episódios. Mas não deixe de ver os disponíveis. E reflita, pense muito, mais do que em qualquer filme ou série que tenha visto na vida. É uma possibilidade futura profundamente calcada na realidade presente. O mal escondido em nós.

Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul
Mais de 90 pontes foram destruídas no Mato Grosso do Sul

O futuro transhumanista já começou. Foi dada a largada para dominarmos a Evolução Humana.

Muitos cientistas acreditam que a inteligência artificial alcançará a humana em menos de duas décadas e que os cérebros artificiais complementarão o humano e não os substituir. Estamos, de acordo com esses cientistas, na fronteira da pós-humanidade. Os pós-humanos não dependerão apenas de sistemas baseados na química do carbono, mas em componentes como o silício e outras plataformas mais convenientes para o futuro de uma vida que tornará as viagens espaciais corriqueiras.

Qual seria o aspecto de um pós-humano do futuro? Os cientistas transhumanistas defendem a liberdade morfológica: cada um terá o direito de ter o sexo, o corpo e a imagem que desejar. Seremos ciborgues? Esses cientistas apregoam que o futuro será mais complexo do que um ciborgue. É possível que surjam novas formas de vida inteligente. Surgem termos como os "bio-orgues - organismos modificados por meio de proteínas. Os "geborgues" seriam organismos modificados geneticamente e os "silorgues", os modificados pelo silício. Mas já existem alguns transhumanos no planeta Terra. O mais famoso é Oscar Pistorius, que teve as pernas amputadas quando criança, mas graças a suas próteses biônicas de fibra de carbono, levou a África do Sul a indagar de quais Jogos deveria participa, dos Olímpicos ou dos Paralímpicos. Neil Harbisson é outro transhumano. Ele só enxergava o mundo em preto e branco, instalaram um terceiro olho conectado a seu cérebro e hoje ele enxerga as cores com uma simples vibração. O terceiro transhumano não saiu de um hospital que se prepara para o futuro, promoveu as mudanças em seu corpo dentro de sua residência - Tim Cannon, é o biohacker mais famoso do mundo, fundou a empresa Grindhouse Wetware nos Estados Unidos e implantou nele mesmo chips e aparelhos eletrônicos, em cirurgias caseiras, para melhorar suas habilidades. A grande tese desses cientistas é a de que começamos a dominar o processo da Evolução Humana.

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