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Em Pauta

Na estrada, a realidade das leis é o cansaço e o rebite

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/03/2016 08:17
Na estrada, a realidade das leis é o cansaço e o rebite

A lei do descanso para caminhoneiros não pegou. Como tantas outras no Brasil. Foi modificada no ano passado e caiu no esquecimento. A realidade das estradas continua a ser o cansaço e o rebite (tarja preta) com uns goles de cachaça. E a segurança de nós, não caminhoneiros, vai para o espaço.

Em meio às grandes decisões de manutenção ou queda no poder, ninguém lembra que os caminhoneiros têm de passar por exames que testariam o doping com o rebite. O verbo está correto - testariam. Não há perspectiva que venham a passar pelos testes. Em meio ao cansaço e ao rebite, sobra para mais de um milhão de caminhoneiros autônomos e para nós, rezar a Deus para não nos encontrarmos em meio ao sono (que pode virar eterno) deles.

Na estrada, a realidade das leis é o cansaço e o rebite

Exército diz que acompanha com atenção a crise e terá ação pacificadora.

Em mensagem interna, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirma que a instituição acompanha com "muita atenção a evolução da crise política judicial" e terá uma posição "pacificadora em busca da conservação da ordem pública". No mesmo comunicado, o general Villas Bôas pede serenidade diante das divergências políticas: "A manutenção da paz social e o esforço para evitar-se a desagregação do Estado devem ser objetivos de toda a sociedade brasileira. É mister que os atores envolvidos se posicionem de forma serena, independentemente do viés ideológico". O general termina a mensagem reafirmando o compromisso do Exército de atuar sempre com "base na legalidade, com foco na estabilidade social e respaldada na legitimidade creditada pela população".

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Bispos pedem solução para a crise sem recorrer à violência.

A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) considerou "inadmissível alimentar a crise econômica com a atual crise política" e pediu que as partes envolvidas dialoguem em busca de uma solução "dentro da legalidade e do respeito à Constituição". O presidente da entidade, o arcebispo Dom Sérgio da Rocha, explicou que o objetivo da CNBB é "estar aberto ao diálogo e insistindo que a busca de solução seja sempre com diálogo e sem recorrer à violência".

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Polarização política: Twitter prevê uma "longa e custosa disputa" entre governistas e oposicionistas.

A movimentação nas redes sociais em torno dos protestos está dividindo o país, de acordo com o Twitter. Produziram um gráfico, em formato de um globo, que mostra o grau de polarização da sociedade. Na parte de cima, em vermelho, está a mancha que representa as interações de perfis do Twitter que são favoráveis ao Governo. Na parte inferior, outra mancha, um tanto maior, em azul, representa as interações de perfis contra o Governo e o petismo.

No meio, uma mancha mais rarefeita, indica os perfis "moderadores". O Twitter avalia que há um clima de radicalização, uma cisão política e social mais profunda do que uma simples oposição ao Governo ou à Dilma. "Trata-se de um dissenso radical sobre a agenda pública e o modelo de desenvolvimento do Brasil nos próximos anos e décadas". E diz mais: "Indica a perspectiva de uma longa e custosa disputa entre dois campos políticos".

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