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Em Pauta

O Brasil ainda está no tear em pleno início da revolução dos makers

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/02/2014 08:10
O Brasil ainda está no tear em pleno início da revolução dos makers

Dos hackers aos makers. A impressão 3D e um novo capitalismo

Stewart Brand foi um dos primeiros a propagar o termo “hacker” em um artigo na revista Rolling Stone em 1972 sobre o laboratório de inteligência artificial de Stanford. Os hackers eram diferentes dos planejadores, e Brand acreditava que os hackers iriam dominar os computadores quando estes se tornassem disponíveis para todos. Os hackers eram uma nova elite. Eles seriam o símbolo do capitalismo em que aquilo que prevalece não é a força de trabalho, mas, a informação, o capitalismo cognitivo. Eles também seriam revolucionários, para além das leis. Da imagem que Brand fez dos hackers na década de 1970, a aura de rebeldes ainda permanece viva.

A própria ideia de contracultura que os hackers tinham no início. agora parece estar passando para outras pessoas. Esta é a perspectiva de Brand a respeito dos “makers”, eles estariam desafiando as autoridades ao fazer as coisas do jeito deles. Eles são os novos hackers. A aposta é que eles vão produzir uma terceira revolução industrial. As habilidades dos makers são a agilidade e a descentralização. Além do mais, são autodidatas e acreditam no “faça você mesmo”.

O Brasil ainda está no tear em pleno início da revolução dos makers

Quem são eles os makers?

Os entusiastas da impressão em 3D, que procuram fazer seus próprios instrumentos, brinquedos e armas, engenheiros que customizam objetos com sensores e conexão na internet, e aqueles que preferem criar o design de seus objetos do que mandar fazer sob encomenda. Cada subgrupo tem sua própria história e identidade. Eles estão interessados em aperfeiçoar suas habilidades e procuram aprender como produzir seus produtos. Acreditam na extrema personalização dos seus bens de consumo e entendem que isso irá repercutir nas grandes corporações.

Os makers acreditam que poderiam livrar as pessoas dos trabalhos duros de uma forma ainda nem imaginada, com a busca pelo auto-emprego em tarefas que façam sentido para os trabalhadores. Enquanto o movimento dos makers ainda é uma especulação, armas para impressão e outros objetos cuja produção estaria sob o controle do Estado são incentivados pelos “libertários”. Como qualquer movimento, os makers têm até um manifesto, escrito por Chris Anderson, o dono da 3D Robotics, uma empresa que desenvolve drones personalizados.

Ao contrário dos hackers idealizados na década de 1970, os makers representam no manifesto de Anderson o retorno daqueles que se cansaram com a vida virtual, que demandam relações humanas para além da tela do computador. Para ele a democratização das invenções é aquilo que define as duas últimas décadas da história da Internet. Se, no passado, três pessoas usando computadores criavam uma rede digital, hoje estas três pessoas podem constituir uma empresa de hardwares. Cada inventor pode se tornar um empreendedor.

O Brasil ainda está no tear em pleno início da revolução dos makers

É claro que há grande de especulação quanto ao futuro dos makers

As questões que eles suscitam, contudo, são relevantes. Um exemplo contrário aos ideais do movimento foi a MakerBot, uma pioneira na impressão 3D que era aberta, (open source) adotar um modelo fechado e, depois, ter sido comprada por uma grande empresa de impressoras 3D chamada Stratasys, o oposto daquilo que a MakerBot era no início. A própria questão da impressão 3D está levantando preocupações sobre o direito de propriedade intelectual e algum tipo de regulação é esperada sobre o assunto.

As empresas de impressão 3D querem controlar os sites que hospedam arquivos que os usuários podem usar para fazer a impressão, além do desenvolvimento de um software para prevenir as impressoras de criar armas e outros produtos que envolvam patentes ou qualquer tipo de direito autoral. Ao mesmo tempo em que algum controle sobre os makers é buscado, incentivos também foram realizados.

O DARPA, o braço ligado ao desenvolvimento do Departamento de Defesa dos EUA anunciou US$ 10 milhões em bolsas para os makers no ensino médio. Ao mesmo tempo, o governo chinês procurou abraçar os makers. Além de conferir espaços para eles, a Liga Jovem Comunista procurou recrutar visitantes para as feiras dos makers. Enquanto em inglês “hack” possui um sentido destrutivo, os “tomake”, produzir, tem um sentido inventivo. Se hackers como Snowden foram cooptados pelo governo, provavelmente não vai demorar muito até que os makers sejam alistados pelos governos dos países desenvolvidos. Agora, se uma terceira revolução industrial está no seu início ou se vamos presenciar o capitalismo cognitivo é outra questão. No Brasil ainda precisamos sair do tear e entrar no fordismo.

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Cacique Cobra Coral voa para resolver as nevascas nos EUA e os problemas energéticos

Pode parecer brincadeira, mas não é. Um avião a jato decolou de São Paulo há poucos dias levando a bordo Adelaide Scritori, líder da Fundação Cacique Cobra Coral.

O desespero dos empresários norte-americanos com as nevascas que obliteram os negócios naquele país os levou a convocar a fundação brasileira para tentar dissipar a poderosa massa polar que congelou os EUA nas últimas semanas.

Estão alarmados – em virtude do frio, o consumo de gás disparou e os preços do petróleo ameaçam consumidores e industriais.

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