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Em Pauta

O cão-pastor já era. Agora quem comanda as ovelhas é o drone-pastor.

Mário Sérgio Lorenzetto | 06/04/2015 07:33
O cão-pastor já era. Agora quem comanda as ovelhas é o drone-pastor.

O cão-pastor já era. Agora quem comanda as ovelhas é o drone-pastor.

A utilização dessas pequenas aeronaves comandadas remotamente parece não ter limites. Na Europa e nos EUA já controlam as estradas, captam planos incríveis para o cinema, entregam encomendas nas residências e tem outras milhares de utilidades. No Mato Grosso do Sul, os drones já estão presentes nas florestas de eucaliptos. Agora já podem ser pastores de ovelhas.

Tudo começou quando um fotógrafo convenceu seu irmão, criador de ovelhas, a colocar um drone para vigiar as suas 120 ovelhas. O resultado é tão impressionante quanto divertido. "Vejam o cão-pastor do futuro", escreveu o fotógrafo Paul Brennan " e como ele move as ovelhas de um campo para outro", na descrição de seu vídeo visto mais de 100 mil vezes no YouTube. É um ótimo trabalho o realizado pelo drone. Quem não achou tanta graça foi a União Nacional dos Agricultores do Reino Unido que avisou que não gostaria de ver os cães Border Collie, raça considerada ideal para esse manejo, desempregados.

Esse é um debate que sem dúvida levará um bom tempo para ser amadurecido. Mas se os drones pastoreiam as ovelhas, será que não podem pastorear bois e vacas, especialmente em lugares de difícil acesso?

O cão-pastor já era. Agora quem comanda as ovelhas é o drone-pastor.
O cão-pastor já era. Agora quem comanda as ovelhas é o drone-pastor.

Um espirro na China causa uma pneumonia no Brasil.

Um estudo elaborado pela ONG inglesa Earth Security se propõe a prever possíveis prejuízos para setores econômicos. O estudo transforma em índex as atuais pressões sobre recursos naturais e governança capaz de dominar a agenda nos países emergentes. O trabalho analisou o risco combinado em nove economias: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, México, Indonésia, Nigéria e Turquia.

Em todos eles, a poluição e a falta de água, assim como os conflitos envolvendo o uso da terra e a estabilidade de oferta energética, destacam-se como pressões graves com impacto direto nos negócios. Sua principal conclusão é que as multinacionais não podem mais agir isoladamente - é preciso uma nova "diplomacia empresarial", capaz de atuar junto a governos e avançar na compreensão da interdependência global dos recursos. O documento, intitulado "Gerenciamento de riscos e resiliência no século XXI", empresta para o meio ambiente a relação de causa e efeito aplicada à economia - segundo a qual um espirro na China tem o potencial de provocar uma pneumonia no Brasil.
Urge que os nossos agricultores comecem a perceber essa interdependência. Há muito entenderam o quanto influencia na economia a venda de uma tonelada de soja pelos Estados Unidos para a China em detrimento da mesma uma tonelada produzida no Brasil, por exemplo. Quando passarão a entender o papel do meio ambiente no comércio mundial de seus produtos?

O cão-pastor já era. Agora quem comanda as ovelhas é o drone-pastor.
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China atrai o Brasil e outros 44 países para um novo banco internacional.

A China deu mais um passo para materializar seu Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura - AIIB. Será a primeira instituição financeira multilateral que não será dominada pelos Estados Unidos ou um de seus aliados. Entre os membros fundadores desse banco estão o Reino Unido, a Espanha, a Suécia, a Noruega e o Brasil. O banco terá um capital inicial de US$ 50 bilhões.

No fundo está a luta por poder entre as duas maiores economias do mundo. O Banco Mundial, comandado pelos norte-americanos e o AIIB, pelos chineses. Só na América Latina os chineses investiram US$22 bilhões em 2014, um crescimento de 70% em comparação com o ano anterior e acabam de emprestar US$ 3,5 bilhões para a Petrobras. Imagina- se um duelo, uma concorrência salutar para os que necessitam comprar dinheiro. Pelo menos quebra o monopólio dos EUA e de seus aliados.

O cão-pastor já era. Agora quem comanda as ovelhas é o drone-pastor.
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O Ministério da Fazenda é contrário ao aumento das despesas com os aposentados.

Aumentam as pressões no Ministério da Fazenda, que terá de negociar com o Congresso Nacional a aprovação das medidas provisórias que restringem o acesso ao seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte. Agora, surge outro problema: também terá de conversar com as lideranças parlamentares para impedir que a proposta que prorroga a fórmula de reajuste real do salário mínimo até 2019 seja aprovada com extensão do benefício para os aposentados que ganham acima desse valor.

Segundo cálculos de técnicos da previdência, o impacto de reajuste de 1% nos benefícios previdenciários acima do salário mínimo é de cerca de R$ 2 bilhões por ano. Atualmente, as aposentadorias com valor acima do salário mínimo são corrigidas apenas pelo INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor, ou seja, não há ganho real. No caso do salário mínimo, a regra atual prevê inflação acumulada nos últimos doze meses mais o crescimento econômico de dois anos anteriores.

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Entenda o Brasil assistindo a novela das oito da Globo.

Para se decifrar o Brasil, a novela das oito horas da TV Globo é fundamental. É lá que o país se reflete, que se experimentam novas técnicas audiovisuais, que se desenvolve a versão tropical da língua portuguesa, que se revelam tendências e se anunciam debates em um interessante bailado em tempo real entre os autores da trama e os espectadores, ou seja, a sociedade.

Na nova novela das oito parece que a ideia é unir doses de maldade recorde. Ao fim do primeiro episódio, as duas personagens principais (atuação de Glória Pires e Adriana Esteves) já tinham matado, roubado, traído, corrompido, insultado, destruído, invejado, cobiçado e chantageado o suficiente para a novela merecer um aviso do tipo: "não tente fazer isto em casa". Uma época de catarse, de purgação de todos os erros da sociedade, muitos deles emanados das figuras que deveriam representar a República, mas tantos outros advindos de um de nossos maiores problemas - a falta de musculatura social, uma sociedade esgarçada por inúmeros conflitos e raramente unida em busca de seu futuro.

O cão-pastor já era. Agora quem comanda as ovelhas é o drone-pastor.
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