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Em Pauta

O homem chegou à Lua? Os 50 anos da Apolo 8

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/12/2018 06:41
O homem chegou à Lua? Os 50 anos da Apolo 8

Há exatos 50 anos o três homens giravam em torno da Lua. Para muitas pessoas isso não passa de uma bem articulada mentira. Dizem as pesquisas que entre 10% e 20% da população, de acordo com a região e idade, está convencida que os voos para a Lua não passam de fantasia e, portanto, uma colossal enganação. A internet está lotada de comentários nesse sentido e, pior, escritos de "especialistas" que testemunham, esgrimindo "provas irrefutáveis". Mas não é apenas nessa "terra de ninguém", nesse espaço do "vale-tudo" que se tornou a internet que essa dúvida está colocada.
Em verdade, tudo começou com a publicação de um livro. O primeiro a explorar a incredulidade da chegada à Lua foi William Kaysing. Durante sete anos ele havia trabalhado como redator das edições técnicas da Rocketidyne, a empresa que fabricava os motores-foguetes para os primeiros mísseis. Todavia, Kaysing havia deixado seu emprego cinco anos antes do primeiro voo Apolo.
Kaysing declarou que quando viu a partida da Apolo 11 a caminho da Lua, teve uma "iluminação", uma instintiva suspeita sobre a viabilidade dessa aventura. E confiando muito em sua intuição, em 1976 publicou, custeando de seu próprio bolso, sua obra mais conhecida: "Nunca fomos à Lua".

O homem chegou à Lua? Os 50 anos da Apolo 8

As acusações contra a chegada do homem à Lua.

Esse livro é o primeiro a apresentar os argumentos contradizendo a chegada na Lua: a bandeira dos EUA ondulando ao vento no vazio lunar, a ausência de estrelas nas fotos, as sombras divergentes que demonstravam a existência de vários focos de luz no estúdio onde teria sido filmada a alunissagem, a ausência de buracos e marcas embaixo do trem de frenagem... e até um possível crime de assassinato para assegurar o silêncio de uma testemunha da fantasia criada pelos EUA.

O homem chegou à Lua? Os 50 anos da Apolo 8

O "assassinato" de Barron.

Thomas Barron era um antigo técnico da North American. Pesava sob suas costas a acusação de ser exageradamente crítico com alguns controles de qualidade e segurança na construção da primeira Apolo. Em alguns pontos não lhe faltavam razão, mas não se cansava com as críticas, ainda que algumas foram ouvidas por seus superiores. Em uma ocasião, chegou a esgotar todos os formulários para documentar falhas, reais ou imaginárias. Era o famoso "chato de galocha", ainda que tivesse alguma razão. Seus superiores decidiram ignorar a maioria de seus alarmas. chateado com a pouca atenção recebida, Barron decidiu vazar um de seus informes para a imprensa, o que provocou sua demissão imediata.
Talvez em uma trágica coincidência, em poucas semanas seus temores foram confirmados - pelo menos em parte - no fatal incêndio da Apolo, em que morreram três astronautas.
Barron prestou testemunho na investigação do acidente. Não foi um testemunho decisivo, mas poucos meses depois, o automóvel em que viajava com alguns familiares sofreu um acidente. A polícia qualificou de mero acidente, pois Barron havia se adiantado à passagem de um trem. Mas esse desastre serviu a Kaysing para denunciar até que ponto as autoridades norte americanas estavam dispostas a chegar para preservar a enganação que teriam sido as missões Apolo. Com os anos, Kaysing teve dezenas de imitadores. Cada um aumentava mais e mais "provas" da conspiração. O bode expiatório era sempre a NASA. Quando, finalmente, começaram a voar as Apolos, a ideia mudou. Passaram a argumentar que seriam ETs que colocaram as naves em volta da Lua e, depois, nela alunissando. Afinal, as Apolos são obra da NASA ou de Hollywood? Conspiração e fantasia ou realidade inquestionável? Ciência ou mistificação?

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