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Em Pauta

O voto popular destituinte seria uma saída para retirar Dilma do poder

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/12/2015 09:46
O voto popular destituinte seria uma saída para retirar Dilma do poder

O voto popular destituinte seria uma saída para retirar Dilma do poder democraticamente.

O voto popular destituinte não exige uma acusação criminal. Basta a perda de confiança da maioria do eleitorado em seus mandatários, diante de sua inépcia ou incapacidade de governar. Enquanto o impeachment necessita de uma longa e labiríntica decisão do Congresso, o voto destituinte seria convocado pela população. Para chegarmos a uma consulta popular, um plebiscito, teríamos de obter a assinatura de, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. Assim determina a Constituição para adquirirmos o direito de uma consulta popular. É uma via saudável e factível. Poderia promover uma mobilização efetivamente democrática do eleitorado na coleta de assinaturas em prol do voto popular destituinte. Voltaríamos às urnas para dizer, por maioria absoluta, se queremos ou não confirmar a escolha feita em 2014. Sem traumas e sem acusação de golpe. Sem depender dos interesses dos Deputados e Senadores, bem como da oposição malemolente. É claro que o voto destituinte passaria a valer para todos os presidentes, governadores e prefeitos. Esse plebiscito existe em vários países. Se não conseguirmos 1% do eleitorado de 5 Estados (18.000 eleitores no Mato Grosso do Sul) para garantir esse plebiscito, é melhor dar risada, trabalhar e rezar.

O voto popular destituinte seria uma saída para retirar Dilma do poder
O voto popular destituinte seria uma saída para retirar Dilma do poder

Só uma epidemia de risadas tiraria o país do desânimo.

Uma imensa epidemia de risadas invadiu o país. Tudo começou com três meninas em um internato de freiras. Corria o ano de 1962, todas as colegas que passavam por perto das três meninas, também começaram a rir. O riso se espalhou pela escola toda. Funcionários e diretoras, também caíram na risada. Semanas se passaram. A risada continuou. As freiras começaram a temer as consequências de tanto riso e alegria e fecharam a escola. Mas as risadas persistiram. As meninas, com a escola fechada, retornaram a suas cidades...e levaram o riso a elas. Contagiaram seus vizinhos, que, por sua vez, contagiaram o bairro. As cidades, todas, caíram na risada. O estudo foi feito em Nshamba, uma cidade de 10 mil habitantes, atingida pela epidemia de risada. A epidemia foi desaparecer 18 meses depois de iniciada na Tanzânia. O estudo científico foi publicado no ano seguinte em um jornal de medicina da África. A tese mais comum é a de que ocorreu uma explosão de histeria. Outra tese tenta explicar o ocorrido como o resultado de uma imensa tensão em um país que da noite para o dia tinha se tornado independente da Inglaterra e acabado com a segregação racial - a população vivia um stress gigantesco, conflitos confrontados. A epidemia de risada era mecanismo de luta. Um conflito pode se apresentar em forma de risada. Freud dizia que o humor é a maneira do humano resolver o conflito interior e ansiedade. É provável que não solucione nossos problemas, mas uma epidemia de risada seria saudável para um país (e uma cidade) que vive em estado de letargia, de desânimo e tristeza pelas escolhas feitas.

O voto popular destituinte seria uma saída para retirar Dilma do poder
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Desce uma gelada. A cerveja chegando no Brasil.

A cerveja é uma bebida com longa tradição no Brasil. As primeiras referências de sua produção datam de 1640. O Recife (PE) tornou-se a primeira cidade da América do Sul a receber uma cervejaria, iniciativa da administração holandesa que controlava a cidade nessa época. Mas sua ascensão e domínio do gosto do brasileiro é outra história, longa e tortuosa, pois as bebidas preferidas eram a cachaça e o vinho até o início dos anos 1800. Somente em 1836, com a abertura dos portos brasileiros para outros países que não fosse Portugal, surgiria a primeira cervejaria com alguma importância - a Brazileira (com "z" mesmo). Instalada no Rio de Janeiro, na Rua Matacavalos, n.90, já era motivo de piadas.

Séculos depois, o Brasil expandiu o gosto pela cerveja e fabrica 13,5 bilhões de litros do produto por ano, em um mercado que corresponde a 2% do PIB nacional. Mas nem só de grandes marcas vivem os bares da esquina. Hoje, há mais de 300 cervejarias artesanais no país, com centenas de rótulos que utilizam diferentes métodos de fabricação e matérias-primas.

O voto popular destituinte seria uma saída para retirar Dilma do poder
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Os pães especiais estão saindo da mesa do brasileiro, mas para os pães comuns não há sinais de desaquecimento.

Aquele pão com quinoa, ervas ou gergelim, está saindo da mesa. Croissants, bolos e grande parte dos derivados de trigo "chiques" estão ficando de fora das cestas dos consumidores. No primeiro semestre deste ano, o processamento do trigo caiu cerca de 10% no país. Em torno de 600 mil toneladas do cereal deixaram de virar pão. O uso da capacidade instalada dessa indústria caiu para níveis de 50% a 60% - as máquinas estão parando. Além disso, a baixa procura deixa pouco espaço para que essa indústria consiga repassar o aumento de custos, notadamente aqueles decorrentes dos gastos com energia elétrica. Mas, no segmento de pães comuns, biscoitos e massas, por ora, não há sinais de desaquecimento. Há apenas uma mera substituição de marcas mais caras por alternativas mais baratas.

O voto popular destituinte seria uma saída para retirar Dilma do poder
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Ideias de consumo: a fábrica de Omo diz que vende ponto de vista e não um mero sabão.

Todos os dias, duzentos produtos da Unilever são consumidos por segundo no Brasil. Presente na vida dos brasileiros há 85 anos, a companhia detentora de marcas consagradas como Omo, Seda, Lux, Dove e Kibon, consegue manter esse índice mesmo em tempos de economia fraca. Eles estudam as "ciências do consumo". Estudam a fundo os nossos hábitos de compra. Um dos melhores exemplos vem de 1942, quando Lifebuoy foi lançado por aqui. A agência de propaganda da Unilever teve de se desdobrar pois o sabonete apresentava uma fórmula desodorizante que parecia ser desnecessária em um país onde sempre se tomou muito banho. Para ensinar o brasileiro a usar a novidade, a agência criou uma série de anúncios que alertavam para os inconvenientes do "cheiro de corpo" - o famoso "cê-cê".

Na década de 1950 foi a vez do Omo convencer as donas de casa a substituir o sabão em pedra, a água sanitária e o anil pelo sabão em pó, que removia a sujeira da roupa sem agredir as mãos. No início, as demonstradoras iam de casa em casa e pediam para usar o tanque. Depois, eventos públicos passaram a mostrar como usar o produto. Desde 1957, Omo é líder de mercado, devido à consistência e à credibilidade que a marca construiu no país a partir da análise do comportamento dos consumidores. Estudar as ciências do consumo é o segredo deles. Algo raro de se ver no Mato Grosso do Sul, em qualquer campo ou setor empresarial. Usam antropólogos, sociólogos, psicólogos e tantos outros profissionais para entender as demandas dos consumidores. É o por isso que dizem que mais do que produtos, vendem ponto de vista.

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