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Em Pauta

Por onde andam os candidatos de Campo Grande?

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/08/2016 07:05
Por onde andam os candidatos de Campo Grande?

Está mais fácil encontrar a turma do Pokémon Go do que candidatos em Campo Grande. Nunca vimos uma eleição tão "destemperada", sem sal e sem açúcar. A emoção é que nem carro de pobre ou de esquecido, está batendo no zero. Não sai do lugar. Os jornais, eletrônicos e em papel, capricham suas manchetes, colocam os melhores jornalistas para cobrir o importante pleito. Mas, lemos e esquecemos no minuto seguinte. Até o momento, apenas quatro candidatos colocaram-se em condições de disputa, pela ordem nas pesquisas eleitorais: o "enfant terrible" dos Trad, o prefeito mais odiado da história da cidade, a jovenzinha de belo perfil e nenhuma cultura (apesar de ter vivido no distrito de Culturama), e o "general" da tropa de trogloditas do Bolsonaro. Os demais pertencem ao cenário eleitoral. São como a porta, as janelas, os montes e rios.
No polo inverso do "medidor de emoções" está a vontade de eleger um dos candidatos. Entre ausentes, voto em branco, voto nulo e indecisos, somam-se terríveis 30%. Esse percentual invalida toda e qualquer medição de votos que está sendo realizada. Cria um quadro de total indefinição, como nunca visto. E o pior, cresce a cada dia. Tem muitos preferindo procurar Pokémon Go. Apesar de alienante, diverte. Triste dias, tristes partidos. Mas o mais importante é procurar o Empre-go. Esse o discurso que interessa.

Por onde andam os candidatos de Campo Grande?

A jornada fatal dos esquecidos.

Até agora são 3.843 pessoas falecidas ou desaparecidas ao redor do mundo que não têm uma tumba onde sua família possa chorar. Era migrantes. Fugiam da fome e da guerra. Morreram aos milhares, a quilômetros de seus lugares de origem, em um continente diferente de onde partiram. A continuar a tendência, este será o ano mais mortífero para os migrantes.
"Missing Migrants" é o projeto que contabiliza esses esquecidos engolidos pelo Mar Mediterrâneo. "Fatal Journeys" é o relatório recentemente emitido pela entidade. Começaram a contar os migrantes mortos e desaparecidos à partir dos naufrágios na costa de Lampedusa, em outubro de 2013. No ano passado foram 5.400 migrantes. O verdadeiro número de migrantes mortos ou desaparecidos é desconhecido, essa é uma cifra mínima. Muitas viagens trágicas não foram contabilizadas. O fundo do Mediterrâneo se tornou negro. Cor da pele dos que morreram afogados nesse mar-fronteira.

Por onde andam os candidatos de Campo Grande?

Ir à igreja para nadar.

A palavra igreja vem do grego. Significa "assembleia" ou "convocação". A igreja do século XXI foi transformada. Virou uma academia. Nela, o confessionário virou sauna "para transpirar pecados por todos os poros". A nave central foi transformada em uma espetacular piscina.
Repton Park é uma pequena comunidade próxima a Londres. Sua igreja foi totalmente transformada, virou uma academia para jogadores de futebol. A cadeia inglesa de academias Virgin Active instalou nessa igreja um do mais luxuosos centros de atividades físicas da Inglaterra.

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