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Em Pauta

Te beijo e assumo que pode me matar. A evolução do beijo

Mário Sérgio Lorenzetto | 25/08/2020 07:00
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E agora, com a pandemia da covid-19, como convivemos com a ideia do beijo, que do carinho ou excitação, pode nos matar? Com dificuldade. É mais forte a necessidade do que a proibição? Sem dúvida, a necessidade é mais forte que a proibição. Só conseguiremos não beijar-nos à base de medo e responsabilidade. Se a proibição se prolongar, o beijo poderá adquirir um novo significado. O beijo poderá ser mitificado. Quem se atrever a beijar passará a entender como algo de muito amor ao outro. Te beijo e assumo que pode me contagiar. Te beijo e assumo que pode me matar. Passa a ter uma conotação muito potente de lealdade, de amor, de adesão e algo semelhante ao beijo dos mafiosos.


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A boca é um lugar perigoso.

Morremos por asfixia mais facilmente que qualquer outro mamífero. Estamos desenhados para nos asfixiarmos facilmente. Um estranho atributo. Há outro conhecimento da boca pouco difundido. Temos, dentro da boca, estrategicamente repartidas, 12 glândulas salivares com as quais produzimos em torno de um litro e meio de saliva ao dia. Uns 30.000 litros ao longo de uma vida. A saliva, está composta fundamentalmente de água e de pequenas quantidades de enzimas que começam a decompor os açúcares assim que entram na boca. É o início da digestão dos alimentos. A língua é um músculo singular. Absurdamente sensível devido às 10.000 papilas gustativas localizadas em suas protuberâncias.


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Beijos, beijos e mais beijos.

Há beijos de cinema e beijos de poemas. Beijos de melosas canções e beijos de rock. Há beijos de Judas. Há beijos castos e beijos voluptuosos e beijos satânicos. Beijos maternais ou paternais e fraternos. Há beijo da mulher aranha e o beijo grego, conhecido também como anilingus. E o beijo da morte.
Beijamos os cabelos, os lábios, as mãos, os pés, as roupas, as relíquias, os retratos e as estátuas dos deuses. Somos uma espécie de mamífero com lábios grossos. Desenhados precisamente para o beijo. Somos os únicos? Só nós e as vacas humanizadas de Walt Disney.
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