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Em Pauta

Vamos trocar a água pelo vinho e cerveja? Só perdemos para Porto Alegre

Mário Sérgio Lorenzetto | 22/01/2014 08:35
Vamos trocar a água pelo vinho e cerveja? Só perdemos para Porto Alegre

Vinho e cerveja: mais salutares que a água ‘potável’

O vinho continua sendo, há cerca de um milênio, o principal tônico conhecido na Europa, e em geral é mais salutar que a água dos rios e dos poços, já poluída, e o clero o pede para a celebração da missa.

A cerveja não foi esquecida. Ela é fabricada com “brai”, espécie de trigo que se mergulha na água e que, depois de seco é moído. Em poucas localidades a cerveja é feita com aveia. Nada indica que essa prática seja geral. Mais tarde, a cevada levará a melhor sobre ela: é a vez do malte. Entretanto, algumas regiões já acrescentam lúpulo: assim nasce a cerveja. Essa cerveja com lúpulo por muito tempo não passará de uma curiosidade: ela só haverá de se generalizar no séuclo XIV.

Esta a descrição da poluição da água no ano 800 depois de Cristo, no tempo em que Carlos Magno assumiu o poder em boa parte da Europa. Quem narra é Jean Favier, professor de história da economia da Idade Média na Universidade da Sorbonne desde 1969.

Vamos trocar a água pelo vinho e cerveja? Só perdemos para Porto Alegre

A água de Campo Grande é tão imprópria quanto a consumida por europeus: nos anos 800

Se a água dos rios e córregos da Europa Medieval estava poluída e era imprópria para o consumo humano, em Campo Grande a realidade não é diferente. A pesquisa publicada pelo jornal O Estado, no dia 18 de janeiro, surpreendeu todo mundo. A pesquisa realizada pelos técnicos da Unicamp mostrou que a qualidade da água consumida na capital é tão imprópria como a dos europeus do ano 800. Pior que a nossa água somente a de Porto Alegre. A nossa é a segunda pior entre 20 capitais. A explicação procurada pelos estudiosos da Unicamp é a dos mananciais próximos a Campo Grande receberem esgoto em suas águas, conforme o professor Wilson de Figueiredo Jardim. Esse professor também afirma que os procedimentos para filtrar e limpar a água, realizados pela concessionária são seculares. Também afirma que não ocorre uma limpeza total e eficiente. Em bom português – estamos bebendo água suja. E suja por esgoto.Talvez uma proposta interessante seria a de pagarmos à concessionária por água e ela nos entregasse vinho e cerveja para pelo menos pagar o que nos é devido durante o tempo que fomos lesados pagando por água poluída.

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O ar-condicionado ficou inteligente, mas essa maravilha ainda falta ser verde

Mais um dia tórrido no Mato Grosso do Sul. Só existe uma saída – ficar em uma sala refrigerada com ar-condicionado. Essa máquina surgiu em 1902, em uma noite quente em Pittsburgh (EUA), o engenheiro Willis Carrier imaginou um sistema que secasse o ambiente usando a água fria para induzir a condensação da umidade. Meses depois ele construiria o primeiro aparelho. Em 1938, surgiu o primeiro automóvel com ar-condicionado, um Packard. No mesmo ano foi vendido o primeiro ar-condicionado para salas pela Philco-York.

Entre 1925 e 1928 surgem os CFCs, gases que refrigeram não inflamáveis nem tóxicos, mas nocivos à camada de ozônio. A primeira produção em série desses aparelhos ocorreu em 1952 e o sucesso foi tão grande que o estoque foi vendido em duas semanas.

Somente em 1980 foram detectados os perigos do CFC. Começaram a buscar substitutos, mas essa busca dura até hoje. Os primeiros aparelhos inteligentes surgiram em 2012 com controle wireless, produzido pela Trane, que podem ser acionados por smartphones ou tlabets.

Os aparelhos de ar-condicionado estão se tornando fonte de desejo e consumo para todos os brasileiros. As vendas aumentaram em todo o Brasil em 17% ao ano entre 2007 e 2012. A maioria dos consumidores está parcelando o pagamento do produto.

Esse setor, crescente, da economia brasileira conta com 72% de empresas nacionais. Embora existam dificuldades na contratação de mão de obra, o setor garante a manutenção do emprego ou até mesmo alguma expansão.

As maiores vendagens são feitas no Sudeste com 47% do mercado, o Centro Oeste têm 10% da fatia, o Sul 19%, o nordeste têm 16% e o Norte fica com 8%.

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Luxo para todo mundo e o segredo do cartão de crédito

O mercado de luxo é um dos que mais cresce no Brasil. Nos últimos cinco anos surgiram a LUXUS Magazine, a revista LUXO A +: o primeiro programa de TV exclusivamente focado em conteúdo de luxo e primeira feira do luxo brasileiro, a Brazil Luxury Fair, realizada em SP.

O segmento, além de estar apresentando um forte crescimento, e uma ferramenta econômica poderosa para alavancas muitos novos negócios. A estimativa e que o mercado potencial brasileiro supere 40 milhões de pessoas que, de uma forma ou de outra, pode adquirir produtos de luxo. Em geral, o luxo não escolhe nem idade e nem sexo e o mais importante, deixou de estar restrito aos mais ricos.

Há um fator – pouco compreendido por muitos – que bem explica a motivação das grandes marcas de luxo estar aportando suas lojas no Brasil - além do crescimento exuberante da nova classe média, nós, os brasileiros temos o benefício único, de comprar produtos com cartão de crédito parcelado, coisa impossível no exterior. E ainda tem muito comerciante pensando que luxo só pode acontecer no exterior.

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As inovações e o crescimento do dinheiro de plástico

Pagar a diarista com cartão, tendo ela conta em banco ou não. Transferir para um amigo a sua parte na conta do restaurante, com a facilidade com que se conversa no WhatsApp. Pagar cafezinho, apostar na mega sena sequer pisando na lotérica, direto pelo celular.

A lista dos projetos dos maiores bancos brasileiros para transformar a relação com o dinheiro nosso de cada dia ganha novidades a cada ano. O Itaú Unibanco criou um aplicativo que permite transferir instantaneamente entre correntistas. O Bradesco aposta em cartões que fazem compras por aproximação. O Banco do Brasil lançou um cartão pré-pago visando diminuir o número de saques nos caixas eletrônicos e a Caixa Econômica Federal prepara uma carteira eletrônica onde passará a depositar benefícios sociais que distribui.

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O setor de implementos agrícolas prevê queda de 5% em 2014

Após obter um resultado recorde em 2013, o setor de implementos agrícolas deverá registrar este ano uma queda de 5% no faturamento nominal, de acordo com a Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas – CSMIA - da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos. A CSMIA representa 232 empresas do ramo de um total de 300 atuando no mercado brasileiro.

Estimam um crescimento de 15% em 2013 frente a 2012, obtendo algo como R$ 12,4 bilhões de faturamento. O bom resultado passado foi impulsionado pela conjuntura de preços altos, safra volumosa e política pública adequada, como os juros atrativos do PSI, responsável por cerca de 60% das vendas desses produtos.

Para 2014 estão prevendo recuo no faturamento em função da expectativa de queda na rentabilidade dos produtores rurais, aumento de custos para combater a Helicoverpa e preços mais baixos da soja.

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