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Em Pauta

Verde, vermelha ou amarela… uma ode à pimenta

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 11/12/2025 06:25
Verde, vermelha ou amarela… uma ode à pimenta

Está espécie viajou à Europa desde às três Américas no século XVI e foi rapidamente assimilada. Na Espanha, tomou o lugar do pimentão, na Hungria da páprica e na Ásia aos sabores à base de curry. Sua versatilidade as tornou indispensáveis em quase todas as cozinhas do mundo. Confesso que só “enxerguei” a pimenta já idoso, quando visitei a China. Lá, vi algo impensável. Enquanto colocamos pimenta em alguma comida, os chineses colocam comida em uma quantidade imensa de pimenta.


Verde, vermelha ou amarela… uma ode à pimenta

O que são as pimentas?

Ervas, especiarias, vegetais, condimentos ou decoração? A resposta correta é: tudo isso. Depois do sal, é o produto alimentar mais utilizado no mundo. E também valorizado. Ainda que os agricultores sul-mato-grossenses não lhe deem importância, o Brasil é grande exportador de pimenta, especialmente a denominada “do reino”. O Espírito Santo é o maior produtor, respondendo por 60% da produção nacional. O Brasil só perde para o Vietnã. Mas ainda não “atacamos” o mercado chinês com eficácia. Os maiores compradores da pimenta brasileira são os países árabes.


Verde, vermelha ou amarela… uma ode à pimenta

A pimenta tem 7.000 anos e é mexicana.

As pimentas parecem ter surgido há 7.000 anos na região do México Central. O primeiro europeu a descobri-las foi Cristóvão Colombo em sua terceira viagem à América Central. Era um fruto vermelho pequeno, muito usado pelos nativos. Colombo as chamou “pimiento”, palavra espanhola para pimenta preta.


Verde, vermelha ou amarela… uma ode à pimenta

Vai arder lá no inferno.

Qual a pimenta mais infernal, mais ardente? Para fazer essa classificação, um norte-americano chamado Wilbur Scoville, em 1.912, criou uma escala, que hoje leva seu nome. A mensuração da ardência é feita com a diluição de uma solução de água com açúcar. Algumas da pimentas mais leves - biquinho, dedo de moça, jalapenho e tabasco - necessitam de 500 xícaras dessa solução para acabar com a picância. Já as mais ardidas - Carolina Reaper, Trinidad Scorpion, Bhut Joloida e malagueta - precisam de até dois milhões de xícaras da solução. A diferença é abissal. A Carolina Reaper arde como no inferno.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.