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Finanças & Investimentos

As obrigações do governo eleito

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 19/12/2014 08:43

No passado, historiadores, geógrafos e economistas dividiam a maior parte dos países entre primeiro mundo, segundo mundo e terceiro mundo. Mais recentemente, convencionou-se dividir o mundo em países desenvolvidos (ou ricos), países pobres (ou dependentes da ajuda dos ricos) e países em desenvolvimento. No Brasil, nos sentimos promovidos do terceiro lugar para a posição intermediária.

Essa promoção foi explorada pelos últimos governos como se estivéssemos prestes a integrar uma elite privilegiada. Os indicadores econômicos recentes mostram que comemoramos cedo demais. A inflação latente, a queima de reservas internacionais e o fraco crescimento nos assombram, como há duas décadas. A economia brasileira fragilizada está exposta a humores eleitorais e a cenários externos.

A distância que temos dos países desenvolvidos sempre foi grande. Hoje aumenta por causa da perda de poder de consumo da população. A inflação volta a ser a vilã, uma vez que castiga mais as famílias de menor renda. Isso enfraquece as políticas de redução de desigualdade, aumenta a sede do governo por arrecadação e desestimula o investimento na produção.Com menos investimento, a oferta de produtos e serviços diminui. Isso causa mais pressão sobre os preços. Esse cenário afugenta a moeda estrangeira, eleva o câmbio e aumenta ainda mais a inflação.

Os parâmetros estão claros para o governo eleito. É evidente o que precisa ser feito. Riqueza e poupança se criam com educação e planejamento, com políticas que trazem resultados, muitas vezes durante o governo seguinte.Para não perder o poder de consumo, as famílias precisam poupar. Não é algo fácil de estimular. Saímos recentemente de um período de políticas de estímulo à primeira casa, ao primeiro carro e às trocas constantes de eletrodomésticos. São conquistas de curto prazo, que se tornam dívidas impagáveis.

Populações de países ricos temem perder a riqueza que vem sendo construída há gerações. Por isso, se preocupam mais com o futuro e com a preservação do patrimônio. Populações de países pobres, ou em desenvolvimento, brigam pela sobrevivência e comemoram conquistas inéditas em bem-estar. Isso é bom, mas não é sustentável. Crescimento não se faz com estímulo ao consumo, mas com estímulo à renda. Ela conduz a investimentos, à poupança e gera ciclos de prosperidade mais estáveis. Renda se constrói com educação e tecnologia, dois setores em que o Brasil empacou. Se a mudança tem de começar agora, o caminho para que o país não deixe de estar em desenvolvimento é esse.

Fonte: maisdinheiro.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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