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Finanças & Investimentos

Gastou mais do que devia? Veja quando o empréstimo bancário pode valer a pena

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 08/02/2016 08:11

Contrair um empréstimo bancário pode se transformar em uma grande bola de neve de dívidas. Mas, quando o salário é insuficiente para cobrir as despesas mensais e as dívidas vão se acumulando diante dos altos juros, esta pode ser uma boa opção.

“O melhor é ficar longe de dívidas, mas nem sempre é possível. Muitas pessoas não resistem às tentações do crédito fácil, ou são levadas a uma situação de endividamento por outros motivos como doenças, acidentes, desemprego ou mesmo pelo simples descontrole do orçamento. Então, o jeito é usar a inteligência e preparar uma estratégia para se livrar do endividamento”, diz Álvaro Modernell, especialista em educação financeira.

Antes de tomar qualquer decisão, a recomendação é de que o endividado conheça sua situação financeira, e em especial, entenda o que o levou à situação de assumir uma dívida acima de sua capacidade de pagamento.

A primeira dica é acabar com as dívidas pequenas, aquelas que com pequeno esforço é possível pagá-las, como uma pequena prestação atrasada, um dinheiro emprestado de um parente, a conta do mercadinho do bairro e por aí vai. Dessa forma, você diminui a quantidade de credores e foca a atenção nos problemas mais complicados.

O próximo passo é priorizar as prestações das contas vencidas, aquelas que estão com juros, multas punitivas ou que podem resultar em prejuízos ao nome. Nesse momento, vale a pena tentar negociar.

Para isso, entre em contato com o credor e exponha sua situação financeira e o quanto pode pagar, sugerindo alternativas que mostram que você está disposto a quitar a dívida. Vale ressaltar a importância de avaliar se a nova mensalidade cabe no seu bolso, já que não adianta fazer um acordo, pagar uma ou duas parcelas, e depois voltar a ser inadimplente.

Depois, é hora de eliminar as dívidas mais caras. Mas, atenção: dívidas mais caras nem sempre são as de maior valor, e sim aquelas cujas taxas de juros são mais altas. Por causa dos juros compostos, as dívidas com taxas altas ficam cada vez mais elevadas. Dessa forma, a pessoa paga uma parte do que deve, mas o saldo da dívida continua crescendo e parece que não tem fim. Quem possui dívidas caras em atraso e está pagando juros altos pode tentar uma renegociação com o banco, substituindo essas linhas de crédito por linhas mais baratas, como empréstimos pessoais e empréstimos consignados.

Outra opção é fazer a portabilidade de uma dívida de um banco para outro sem custo, caso o novo banco ofereça condições mais vantajosas, tanto em termos de custo de manutenção de conta e tarifas quanto de juros e custo efetivo total da dívida.

A decisão de assumir um novo empréstimo para pagamento de dívida anterior deve sempre ser precedida de uma avaliação. É preciso ter cuidado para que o devedor não acabe apenas postergando um problema de descontrole financeiro, por meio de um processo de substituição de dívidas velhas por novas.

Confira algumas dicas para pagar a dívida do cartão de crédito com o empréstimo pessoal:

- Solicite um valor de empréstimo apenas para o pagamento da fatura do cartão de crédito. Não caia na tentação do dinheiro fácil e pegue mais do que você pode pagar;

- Pague todas as dívidas com o cartão e, se possível, também adiante algumas parcelas que não estejam atrasadas. Desta forma vai sobrar mais dinheiro para o pagamento das parcelas do empréstimo;

- Faça uma simulação do empréstimo com diversos cenários diferentes de parcelamento. Tente não parcelar em muitas vezes, pois o custo efetivo total do empréstimo será maior;

- Evite utilizar o cartão de crédito até terminar de pagar o empréstimo. Assim, você não corre o risco de ficar devendo novamente.

Lembre-se: nada disso surtirá efeito se você não cortar os gastos e reduzir as despesas. “Trabalhe mais. Faça horas extras. Busque remuneração adicional. Tem que trabalhar nos dois lados da equação: cortar despesas e aumentar receitas. Quanto mais eficiência numa ponta menos sacrifício será necessário na outra”, ressalta Modernell.

Fonte: Isabella Abreu/dinheirama.com.br
Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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