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Finanças & Investimentos

Preços explodindo? Confira o manual de sobrevivência na inflação

Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 11/03/2015 08:36

Quem viveu a época da hiperinflação dos anos 80/90 pode estar experimentando a nada agradável sensação de um momento tipo Déjà vu. Sim, parece que já vimos isso antes, mas muita calma nessa hora. Ainda estamos bem longe dos índices monstruosos registrados no período pós-ditadura, quando a inflação chegou a 500% ao ano.Nos últimos doze meses, o IPCA acumulou alta de 7,7%, a mais elevada taxa desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%. Os números divulgados pelo IBGE recentemente deixaram muita gente apavorada, então o que fazer?

Manual de Sobrevivência na Inflação:O Dinheirama pediu minha ajuda e aqui vai minha colaboração para superar a crise e, quem sabe, sair dela melhor do que entrou. Pra ele, pra você e pra mim mesma, montei este manual de sobrevivência na inflação.

1. Identifique o aumento dos preços: Se você ainda não tem o hábito de checar o preço de cada item que coloca no carrinho de supermercado, o valor do cafezinho do meio de tarde, o preço do litro da gasolina no posto onde você abastece, o custo do almoço no quilo e etc., a partir de hoje faça disso um hábito.Não dá para saber de onde tirar se você nem sabe o quanto está pagando. Além disso, alguns itens têm aumento mais elevado, enquanto outros podem até ficar mais em conta – a inflação não é homogênea. Fique de olho para saber onde ela está imperando.

2. Corte as gorduras do mal: Quem já fez dieta vai entender este passo do manual. Quando resolvemos emagrecer, qual é a primeira coisa que tiramos do cardápio? As gorduras e os doces, claro. Mas saiba que existem gorduras do mal e gorduras do bem, assim como existem açucares do mal e açucares do bem.O problema é que, ao contrário das dietas, que têm tabelas nutricionais e profissionais que indicam quem é vilão e quem é mocinho, nossa vida financeira depende da nossa própria avaliação. Ninguém pode dizer qual é a gordura ruim do seu orçamento porque o que é importante para você pode não ser para mim.Assim, para cortar despesas sem prejudicar a qualidade de vida é preciso analisar o que é imprescindível. Se for caro e estiver pesando no orçamento, reduza. Se não for fundamental, vá em frente e elimine do seu “cardápio financeiro” sem dó.

Atenção: Assim como as dietas restritivas provocam o efeito sanfona, aquele engorda/emagrece, cortar todos os gastos de uma só vez por causa da inflação pode provocar um efeito rebote assim que a situação se normalizar ou um dinheiro extra entrar em caixa. Por isso, haja com equilíbrio e tome decisões baseadas no seu estilo de vida. Faça desse momento de sustos um aprendizado que poderá ser levado para o resto da sua vida.

3. Evite desperdícios: Ok, esse passo é óbvio, mas não custa nada repeti-lo aqui no Manual de Sobrevivência na Inflação. Identificar os desperdícios, sejam eles de energia elétrica, água ou alimentos faz uma diferença gigantesca no orçamento.Tirar os aparelhos da tomada quando não está utilizando, por exemplo, significa uma redução de até R$ 5,00 na conta de luz em uma casa com cinco aparelhos em Stand By. Imagine isso somado à troca do chuveiro elétrico por um mais econômico, à compra do estritamente necessário para abastecer a geladeira, sem gerar desperdício.Lembre-se: uma banana jogada no lixo equivale em média a R$ 0,70 que recebem o mesmo destino, o aterro sanitário.

4. Use a criatividade: Em época de inflação elevada, precisamos nos reinventar. Eu sei, dá trabalho! Mas pense que esta é a melhor maneira de continuar fazendo o que se gosta, sem precisar abrir mão do que realmente importa.Guardou dinheiro para viajar e o dólar está custando os olhos da cara? Busque destinos mais baratos, conheça melhor o Brasil, programe uma viagem de carro com a família. Vá em busca do essencial, mas de forma igualmente relaxante e divertida.A academia ficou cara demais? Troque por uma mais barata, junte-se a grupos de corrida ou ciclismo, comece a frequentar o parque mais próximo de casa e assim por diante.O carro está bebendo demais? O estacionamento do trabalho ficou mais caro? Avalie se não é melhor trocar por um outro mais econômico e com seguro e IPVA mais em conta, junte-se com os colegas, sugira uma carona solidária e dividam a conta do estacionamento, gasolina e etc.

5. Aumente sua renda acima da inflação: Essa é a parte mais difícil. Ganhar mais dinheiro do que já se ganha exige disciplina, foco e uma mente livre de preconceitos. Pedir aumento pode ser um plano, mas para isso você precisa de bons argumentos, já que o seu chefe ou a sua empresa estão passando pelas mesmas dificuldades que você.Minha sugestão é aguçar a curiosidade pelo novo. Faça uma busca pela Internet, converse com os amigos e com pessoas desconhecidas, puxe papo e descubra como as pessoas estão ganhando dinheiro de maneiras completamente diferentes e, muitas vezes, inusitadas.Os ganhos estão na internet, na terceirização de um serviço, no bico de final de semana, no aluguel da própria casa ou de um quarto durante curtos períodos, nas palestras, cursos, compartilhamento de experiências, na venda de ovos de páscoa caseiros e etc.As opções são infinitas, basta ter vontade e saber identificar onde está o seu potencial para fazer mais dinheiro.

6. Proteja o que você já tem: Se você, caro leitor do Dinheirama, conseguiu ou consegue poupar dinheiro todos os meses ou tem uma reserva, cuide bem deste patrimônio. Estude, leia e aproveite o acesso gratuito à informação de qualidade aqui, no Me Poupe!, do qual eu sou autora, em sites de notícias, livros, palestras e ai por diante.Quanto mais você souber sobre a situação do país, sobre os investimentos que garantem proteção contra a inflação, taxas cobradas e da importância de fazer seu dinheiro superar a perda inflacionária, mais fácil será chegar ao final da tormenta com a conta no azul.Sou partidária da opinião de que proteger o capital pessoal depende muito menos de planilhas e conhecimento macroeconômico e muito mais da capacidade auto analítica e de boas escolhas.Se você já tentou fazer as contas e cortar gastos várias vezes e até hoje não conseguiu vencer a alta dos preços, talvez esteja na hora de tentar se conhecer melhor e inovar. Obrigada e até a próxima!

Fonte: Nathalia Arcuri / dinheirama.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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