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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 11/05/2012 11:51

‘O VILÃO’ Morar bem nas grandes cidades, perto dos recursos, longe de pernilongos, poeira e estradas ruins é fácil. Conheço muita gente urbana que tem uma visão injusta e preconceituosa de quem investe e trabalha duro na zona rural.

O BRASIL já foi um país rural; hoje por conta da industrialização, mais de 80% moram na cidade. Aliás, achar alguém hoje em dia disposto a morar no campo é difícil, mesmo com energia elétrica, TV, ônibus escolar e telefonia celular.

ESTOPIM Na discussão do Código Florestal esse preconceito aflorou de vez. Gente que não é da área, que não entende ‘bulhufas’ meteu a colher ‘jogando para a ingênua torcida, estigmatizando na mídia a figura do proprietário rural.

PERGUNTO: O que a Camila Pitanga entende da vida rural ao pedir publicamente que Dilma vete o Código? A pergunta é extensiva ao Luciano Huck e a Hebe Camargo, que vem induzido o público com afirmações preconceituosas.

MARIONETES Está ‘assim’ de políticos e artistas à serviço das ONGS do 1º Mundo. Se lá fora as florestas acabaram, temos ainda 61% da área de vegetação nativa e só 27,7% do país é utilizada na produção de alimentos. Sacou?

DETALHE A produção agrícola vem ‘salvando a pátria’ na balança comercial., embora só 30% dela seja exportada. Representa o superávit fabuloso de U$ 77 bilhões de dólares anuais e 40% de todas nossas exportações. Sentiu a importância?

A BRONCA contra o interior brasileiro, contra o desenvolvimento do campo é velha. Inicia com a rançosa esquerda urbana, que gosta de uísque 12 anos e picanha, mas que não distingue uma simples bosta de cabrito de um grão de soja.

MODISMO Todos os dias – nas entrevistas – neófitos destilam bobagens sobre o tema, com considerações sem qualquer embasamento. Tudo em nome do verde, da ‘salvação do planeta’. O pior: os ‘macacos de auditório’ acreditam.

MEMÓRIA Seria bom voltar a importar alimentos como antes? Hoje um saquinho de arroz equivale ao preço de duas garrafas de cerveja. O feijão idem. Quantas pessoas você alimenta com essas duas quantidades destes produtos?

FALSA a imagem de que o ruralista é atrasado, inimigo da natureza. O agronegócio evoluiu graças a investimentos, pesquisas/tecnologia. Na Câmara existe 33 ruralistas ou proprietários rurais, que não são caipiras, nem tocam berrante.

PROBLEMAS ainda existem, evidente. O país é imenso, as condições são peculiares. Mas não se pode permitir é a demonização do campo. Parece que produzir alimentos neste país é crime. Será que abanar a plaquinha “Veta Dilma’ resolve?

UMA PIADA essa PEC do ‘trabalho escravo’, onde um simples auto de infração lavrado por um fiscal (de encomenda) desemboca no confisco da propriedade para ser entregue ao MST. Assunto sério demais para ser tratado assim.

OS CONFLITOS indígenas (kadiwéus) preocupam no MS, onde os fazendeiros não podem usar armas para se defender. Mas os índios podem? E quem forneceu essas armas? A morosidade da Justiça traz prejuízos. Até quando?

O GOVERNO precisa ter vontade política para resolver a questão. O que não pode é ‘jogar para a torcida’ numa ponta e na outra incentivar a agitação. Coisa da esquerda que visita o mausoléu de Lênin, mas adora Hotel 5 Estrelas/mordomias.

‘FRITURA’ Sem mandato e poder de mando no diretório do PDT (capital) Dagoberto está fragilizado. Tenta vender a imagem de político com prestígio. O tal convite para atuar no Ministério do Trabalho é ironizado nos bastidores.

O EX-DEPUTADO saiu enfraquecido das eleições. O sonhado cargo na Eletrosul não saiu e para se livrar do ‘ponto diário’ no Detran, aceitou uma ‘boquinha’ humilhante na AL. Por isso, Paulo Siufi cresce como provável vice de Giroto.

SINAL VERDE As negociações para aquisição do Independência pelo JBS continuam, gerando expectativa positiva nas cidades onde funcionam suas unidades. Pagar os credores e os débitos trabalhistas no topo das prioridades.

A PROPÓSITO O monopólio é desastroso na economia. Mas no caso, foi o próprio Governo, via BNDES, que injetou dinheiro para o JBS crescer, ignorando o estado de penúria de empresas menores que acabaram sucumbindo.

O DEBATE sobre os frigoríficos é necessário, mas o caso é mais complexo do que o monopólio da fabricação de chocolates por exemplo. O produtor rural acabou refém do quadro, agravado pela ótica de prioridades econômicas do Planalto.

VIRADA Os números da pesquisa IPEMS em Três Lagos favorecem a prefeita Márcia. Guerreiro terá ‘bala na agulha’ (tempo na TV, carisma e estrutura) para reverter? Aliás, o PSD de Antônio João ‘estranhamente’ não se manifestou.

ENCRUZILHADA Manter um discurso equilibrado, não criticando o PMDB e nem fazendo o jogo do PT. Esse o desafio de Azambuja na capital, onde tucanos já foram vistos com petistas sob o pretexto de uma saborosa feijoada.

IMPOSSÍVEL manter aqui o espírito inglês numa eleição. O sangue latino ferve e o ‘pau canta’ literalmente. Apesar do dedo dos marqueteiros, Azambuja não conseguirá sair desta sem arranhões. A magia do poder explica tudo isso.

“Os políticos estão perdendo a vergonha na cara”. (Senador Demóstenes, em 2007)

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