TÁON: Ela herdou a oficina do avô e criou um legado
Da sala de aula à oficina: a trajetória de Sandra Barbosa no comando do Martelinho de Ouro Carlão
Em um setor ainda dominado por homens, Sandra Barbosa resolveu fazer barulho — mas com martelo fino, técnica precisa e uma ética inegociável. Há quase 25 anos à frente do Martelinho de Ouro Carlão, em Campo Grande (MS), ela transformou um negócio familiar em uma empresa baseada em respeito, responsabilidade e fé, onde três gerações se encontram todos os dias.
Sandra cresceu acompanhando o avô, seu Ademar, funileiro de mão cheia e chefe de oficina da antiga concessionária Monza. Admirava o cuidado dele com as misturas de tinta e o acabamento impecável.
“Ele chegava muito perto da cor original, quase 100%”, recorda. Esse padrão virou bússola.
Mas a vida parecia apontar para outro rumo. Formada em Letras pela UFMS, ela lecionou por uma década. Planejamento, didática e oratória — tudo isso virou diferencial no atendimento ao cliente e na gestão da equipe quando seu destino mudou de vez.
A oficina começou como um projeto do avô para Sandra e o então marido, que acabou especialista em martelinho de ouro. Com as viagens dele ao exterior ganhando intensidade nos anos 2000, coube a ela assumir o negócio. Primeiro o atendimento. Depois, a técnica.
A vida testou seu fôlego quando veio o divórcio — momento em que, geralmente, o negócio fica com quem executa o serviço. Mas não ali. Sandra permaneceu, reestruturou tudo e manteve a clientela.
“Foi um período difícil, financeiro e emocionalmente, mas meus funcionários abraçaram a causa. Eu não fiquei sozinha”, lembra.
A nova geração do martelinho
Hoje, o serviço principal continua sendo o martelinho de ouro, agora executado pelo filho, Eduardo — o Bidu Martelinho — que cresceu dentro da oficina. Além disso, a empresa oferece pintura, funilaria, polimento, vitrificação, higienização interna e toda a estética automotiva necessária para valorizar o veículo.
Tudo feito sem “gambiarras”. Sandra não aceita orçamento manipulado, maquiagem de avarias ou jeitinho para agradar cliente.
“Às vezes a pessoa sai chateada… mas depois volta, porque sabe que aqui é tudo certo.”
A oficina acompanhou novas tintas, vernizes e padrões de fábrica, mas manteve o princípio básico herdado pelo avô: qualidade desde a base. Hoje, o local conta com colorimetrista, segue fórmulas de montadora e entrega garantia de dois anos na parte de lata — padrão mantido há 25 anos.
Cristã, ela cria um ambiente de família, com momentos de oração e diálogo aberto.
“Dizem que sou muito ‘mole’ com funcionário, mas dá pra ser firme e educada. A prova é que estamos há 25 anos funcionando.”
O Martelinho de Ouro Carlão deixou de ser apenas uma oficina na Avenida Ceará. Tornou-se um ponto de encontro entre gerações: o avô Ademar, que ensinou o capricho; Sandra, que manteve o legado vivo; e Bidu, que segue o trabalho com a mesma paciência e perfeccionismo.
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