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Esportes

Técnico da Costa Rica tem nome de campeão do mundo pelo Brasil

Paulo Cezar Wanchope disse que seu nome foi uma homenagem do pai ao ponta-esquerda da Seleção Brasileira na Copa de 1970, Paulo Cezar Caju

Paulo Nonato de Souza | 25/04/2018 10:15
Paulo Wanchope, ex-atacante e agora técnico da seleção costarriquenha, ansioso pelo confronto com o Brasil no dia 22 de junho em São Petersburgo (Foto: Ronaldo Shemidt/APF)
Paulo Wanchope, ex-atacante e agora técnico da seleção costarriquenha, ansioso pelo confronto com o Brasil no dia 22 de junho em São Petersburgo (Foto: Ronaldo Shemidt/APF)

O ex-atacante Paulo Cezar Wanchope Watson, ou simplesmente Paulo Wanchope, técnico da Costa Rica, segundo adversário do Brasil no Grupo E da Copa do Mundo da Rússia, dia 22 de junho, confessa ser um fã incondicional do futebol brasileiro, uma idolatria herdada do pai que lhe deu esse nome em homenagem ao ponta-esquerda reserva da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, no México, Paulo Cezar Lima, o Caju.

“Minha família sempre foi apaixonada por futebol. Meu tio foi jogador e treinador. O meu pai, meus irmãos e toda a minha família sempre seguiram o futebol brasileiro, e recebi meu nome em homenagem ao Paulo Cezar Caju”, disse Paulo Wanchope, autor de um dos dois gols costarriquenhos na goleada de 5 a 2 sofrida diante do Brasil na Copa do Mundo de 2002, em Suwon, na Coréia do Sul.

Descendente de jamaicanos, Paulo Cezar Wanchope Watson tem a marca de maior goleador da história da seleção de Costa Rica. São 45 gols em 73 jogos, dois dos quais marcados na derrota de 4 a 2 para a Alemanha na abertura da Copa do Mundo de 2006, em Munique.

Perguntado sobre a sua principal memória em Copas do Mundo, Wanchope não teve dúvida ao afirmar que foi a oportunidade de enfrentar o Brasil e ainda fazer um gol na Copa de 2002.

“Sem dúvida enfrentar o Brasil. Para mim e para o resto da equipe será um filme que vamos guardar para sempre em nossa memória. Ter a chance de enfrentar grandes jogadores, os favoritos e os eventuais campeões, foi algo realmente especial”, declarou ele.

Paulo Wanchope avalia que, apesar da derrota por 5 a 2, o confronto de 2002 foi competitivo e de alta qualidade, o mesmo que espera para o duelo do dia 22 de junho pela Copa de 2018, na cidade de São Petersburgo, na Rússia.

“Estávamos perdendo por 3 a 0, eu fiz 3 a 1, chegamos a 3 a 2 (gol de cabeça do atacante Gomez), continuamos pressionando com ataques importantes, mas a qualidade do Brasil era muito alta e isso era demais para nós. Mesmo assim, ter feito um gol foi um sentimento especial porque eu sempre segui a Seleção Brasileira, sempre tive uma afinidade com o futebol brasileiro”, destacou ele.

Wanchope acha que em São Petersburgo a Costa Rica pode fazer melhor do que fez o time comandado pelo treinador brasileiro Alexandre Guimarães na Copa de 2002.

"A Costa Rica terá que jogar um jogo perfeito, com toda a equipe jogando 100 por cento, em forma inspirada. O Brasil é uma das poucas equipes que pode se dar ao luxo de ter dois ou três jogadores abaixo do nível em campo, porque o resto dos jogadores produzirá um excelente futebol e o time terá condições de conseguir o resultado. Então, acho que é crucial que nesse dia estejamos em 100%”.

Paulo Wanchope, de 41 anos, fez sucesso no futebol inglês defendendo o Derby County, clube da Segunda Divisão, entre 1997 e 1999, depois o West Ham, na temporada 1999/2000, e o Manchester City, entre 2000 e 2004. Ele encerrou a carreira de jogador em 2007, no Chicago Fire, dos Estados Unidos, aos 31 anos de idade. Em 2014 assumiu o comando técnico da seleção costarriquenha.

(Matéria jornalística produzida pela Fifa e traduzida do inglês para o português por Paulo Nonato de Souza).

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