Cansada de esperar, vizinhança faz mutirão para limpar canteiro no Jóquei Club
A ação de limpeza aconteceu na Rua Sol Nascente e mobilizou grande parte da vizinhança
Cansados de esperar pela Prefeitura de Campo Grande, moradores do bairro Jóquei Clube organizaram um mutirão para podar e limpar o canteiro central da Rua Sol Nascente, uma das principais vias da região. A ação aconteceu na semana passada e mobilizou grande parte da vizinhança. A história chegou pelo canal Direto das Ruas.
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Cansados de esperar pela Prefeitura, moradores do bairro Jóquei Clube, em Campo Grande, organizaram um mutirão para limpar o canteiro central da Rua Sol Nascente. A ação, motivada por preocupações com segurança e saúde, envolveu a contratação de trabalhadores e a contribuição da comunidade. Após a limpeza, os resíduos permanecem no local, aguardando recolhimento pela Prefeitura, que prometeu realizar a retirada nesta semana. A iniciativa surgiu após reclamações em um grupo de WhatsApp e visa evitar riscos de invasões e presença de animais peçonhentos.
Na manhã desta segunda-feira (3), a reportagem esteve no local e constatou que os moradores já cortaram a grama e realizaram a poda de algumas árvores. No entanto, os resíduos do mutirão, como montes de grama e galhos, ainda permanecem no canteiro, aguardando recolhimento.
O cabeleireiro Luciano Baggi, de 53 anos, foi um dos participantes da iniciativa e contou que a ideia surgiu após diversas reclamações sobre o mato alto em um grupo de WhatsApp da vizinhança.
Entre as preocupações dos moradores, está a segurança, já que, segundo ele, o local tem sido frequentado por dependentes químicos em situação de rua. “O mato estava muito alto, virou o ano e a prefeita nem mexeu nisso para nós. Dava para alguém se esconder no mato e invadir as casas”, relatou.
A mobilização começou na semana passada, após dois vizinhos percorrerem as casas para reunir apoio. Três trabalhadores foram contratados para cortar a grama, com o custo de R$ 150 por quadra – ao todo, o canteiro tem 11 quadras e uma rotatória. Cada morador contribuiu como pôde, seja financeiramente, com lanches ou colocando a “mão na massa”.
Agora, a preocupação dos moradores é com o recolhimento do material, já que os montes de poda foram deixados à beira do meio-fio, próximos à via. A reportagem também identificou galhos espalhados pelo canteiro.
“O medo agora é que alguém toque fogo nessa grama, porque aí vai queimar tudo, até as plantas que a gente plantou”, afirmou Luciano. “A nossa parte estamos fazendo”, completou.
Até o momento, o grupo de moradores ainda não recebeu informações sobre o recolhimento dos resíduos. Luciano disse que espera ao menos a visita de um fiscal da Prefeitura para avaliar a situação e providenciar a retirada do lixo. Segundo ele, em anos anteriores um caminhão da Prefeitura costumava fazer esse serviço.
Outro morador, Elson Silva, de 60 anos, não participou do mutirão, mas acompanhou a organização pelo grupo de WhatsApp da mãe. Ele afirmou que o canteiro estava há pelo menos três meses sem manutenção.
Elson também destacou que a região tem muitos moradores idosos e que o mato alto era motivo de preocupação, tanto pelo risco de invasões quanto pela possibilidade de animais peçonhentos no local.
Recolhimento - A reportagem contatou a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) para verificar se o serviço de recolhimento foi solicitado pelos moradores e se a Prefeitura realizará a retirada dos resíduos. Em resposta, foi informado que a retirada na região está programada para esta semana.
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