Com casos de gripe, corredor do HR lota e pacientes lutam por transferência
Estado já registrou mais de 3 mil casos e 229 óbitos, sendo 105 só na Capital
Em pleno surto de doenças respiratórias, pacientes do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) registram superlotação até dos corredores, nesta quarta-feira (29). A SES (Secretaria Estadual de Saúde) divulgou novos boletins epidemiológicos e há 12 novos óbitos pela doença na última semana, atingindo o total de 229 mortes por gripe este ano.
Imagens enviadas ao Direto das Ruas mostram pessoas ocupando macas baixas nos corredores e, quem está nos quartos, enfrenta aperto e condições precárias de alguns materiais oferecidos.
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“O setor de pediatria esquecido em pleno surto de doenças respiratórias, que está vitimando justamente as crianças. Além disso, faltam profissionais, insumos hospitalares, aparelho de tomografia estragado e os pacientes tendo que entrar na fila do Hospital Universitário para serem descolados até lá e realizarem o exame”, relata a denunciante.
Há também registros de lixeiras quebradas, buracos nas paredes e água vazando no chão dos banheiros. “Estão pintando por fora, enquanto que por dentro está assim. Técnicos e enfermeiros sobrecarregados. Não conseguem dar um antibiótico no horário certo, porque são muitas crianças”, completa.
Em nota enviada ao Campo Grande News, o HRMS diz que "a superlotação é uma realidade em todos os hospitais públicos da cidade com demanda oriunda da regulação municipal e espontânea". Atualmente, todos os 362 leitos de internação, bem como os 39 leitos de observação, estes do PAM (Pronto Atendimento Médico), estão com 100% de ocupação.
Mais de 3 mil casos de gripe - No boletim epidemiológico de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), divulgado nesta quarta-feira, Mato Grosso do Sul registra 3.143 casos e 229 óbitos.
Campo Grande está com 48% das notificações e 105 mortes. A faixa etária dos casos é de 28% em crianças com menos de 12 meses até nove anos, mas a letalidade maior está em pacientes acima de 80 anos.
Em outro documento, que especifica a influenza, traz 34 mortes. Desses, sete foram nesta semana e as vítimas tinham entre 49 e 97 anos.
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