Manicure flagra despejo de lixo em praça e recebe ameaças após divulgação
Segundo a moradora, rapaz que jogava entulhos na área de lazer afirmou que "daria problema" se ela filmasse
Indignada com o descaso e o acúmulo de entulho em uma área de lazer no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, a manicure Gisele Romero, de 35 anos, procurou o Campo Grande News para denunciar o descarte constante de lixo e móveis velhos no local. Segundo ela, o problema ocorre há anos, mas se agravou nos últimos meses.
Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelas redes sociais.
“Tem três anos que me mudei pra cá e desde o início eu cuido desse espaço. Era cheio de lixo, eu mesma limpei, plantei árvores, tento manter limpo. Mas tem vizinho que aluga kitnets aqui perto e, quando o inquilino vai embora, eles jogam tudo aqui: sofá, tijolo, cimento, lixo de cozinha, de banheiro”, relata Gisele.
A área fica nos fundos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, próximo ao cruzamento da Rua Tokuei Nakão com a Rua Arquiteto Joaquim Barreto, no bairro Aero Rancho. O espaço, que conta com quadra de vôlei, árvores e gramado, se tornou ponto frequente de descarte irregular. “É um lugar bonito, que poderia ser usado pelas crianças e pelos moradores, mas está ficando abandonado e cheio de entulho por causa dessa sujeira”, lamenta.
Na noite desta quinta-feira (5), Gisele flagrou uma mulher despejando entulhos no local com a ajuda de um homem que usava uma carriola. “Dessa vez eu consegui filmar. Comecei a gravar e o rapaz me ameaçou. Disse que ia dar problema se eu continuasse filmando. Falei que ia chamar a polícia, mas não consegui ser atendida”, contou.
Mesmo após ser flagrada, a mulher debochou da situação. “Ela riu da minha cara, falou que podia chamar reportagem, polícia, que ela morava ali mesmo. E foi embora como se nada tivesse acontecido", lembrou a manicure.
Gisele afirma que, até então, conseguia manter o espaço sozinha, mas o volume de lixo nos últimos dias ultrapassou sua capacidade. “Quando era pouca coisa, eu dava um jeito. Quebrava madeira, ensacolava vidro. Mas agora tem entulho demais. Eu não dou conta sozinha", disse ela.
"A gente tenta cuidar, mas sem apoio não dá. É revoltante ver gente estragando um lugar que podia ser bom pra todo mundo", finalizou.
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