Pais reclamam após filhos serem transferidos de escola sem autorização
Mais de 500 alunos serão remanejados nos próximos dias

Pais e responsáveis por alunos da Escola Estadual Maria Eliza Bocayuva Corrêa da Costa, ficaram indignados após serem pegos de surpresa com a transferência dos filhos sem autorização de responsáveis e nem mesmo aviso prévio.
A cozinheira Elisângela da Silva, 43, tem três filhos que estudam na unidade e conta que precisou correr contra o tempo na manhã desta terça-feira (8), para fazer a adaptação das crianças, depois da filha ler por acaso, a mensagem em um grupo, de que seriam realocados em outro prédio.
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"Minha filha de 16 anos viu uma funcionária que está em um grupo que ela participa, falando sobre essa mudança e me contou, mas não veio nenhum bilhete para ela, para a irmã de 15 anos e nem para o menor, de 8 anos. Não houve convocação de reunião, não teve uma autorização para assinar, nada", enfatiza Elisângela.
A situação não foi muito diferente para Maria Custódia de 60 anos, que da noite para o dia, precisou providenciar passe de estudante para o neto de 14 anos, e agora se preocupa com a segurança do adolescente que nunca estudou longe de casa.
"Ele não tem experiência em andar de ônibus e agora eu estou muito preocupada. Cuido do meu pai acamado de 92 e agora vai ser bem difícil conciliar, porque como a escola é aqui do lado, eu consigo ver meu neto indo e sempre que toca o sino sei que já está retornando", conta a idosa.
De um lado, os pais falam que aguardam informações oficiais da escola, de outro, SED (Secretaria de Estado de Educação), alega já ter anunciado a decisão aos pais devido às reformas previstas para serem iniciadas no prédio.
"A SED informa que os estudantes atendidos pela EE Maria Eliza Bocayuva deixarão de utilizar o local durante a realização das obras de reforma geral na unidade escolar. Para o devido atendimento, eles serão realocados para o prédio hoje utilizado pelos estudantes da EE Professora Clarinda Mendes de Aquino, na avenida Mato Grosso", declarou em nota.
"A Secretaria destaca que diversas unidades escolares passaram por reformas durante o período de atividades remotas e, visando oferecer as melhores condições para a aprendizagem dos nossos estudantes, seguirá com as obras voltadas para adequações, de acessibilidade e de reformas gerais nas escolas da Rede Estadual de Ensino", conclui o termo.
O texto de autorização para a revitalização assinado no dia (22) de fevereiro deste ano, estima prazo de 365 dias para que as atividades sejam concluídas no local. A reforma deve custar R$ 5.555.143,98 aos cofres públicos.
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