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Direto das Ruas

Professor é rejeitado em escola e garante que sofreu preconceito

O diretor da escola alega que o professor "não tem o perfil" para o cargo

Por Ana Beatriz Rodrigues e Kamila Alcântara | 04/03/2024 16:20


Indignado após ser rejeitado, o professor de apoio Fábio Oliveira Rodrigues, de 32 anos, acusa o diretor da Escola Estadual Professora Flavina Maria da Silva de preconceito. Hoje ele foi até o colégio que fica na região do Jardim Morenão, em Campo Grande, com a documentação de designação feita pela SED (Secretaria Estadual de Educação), mas não conseguiu assumir o posto.

Fábio contou ao Campo Grande News que a designação saiu na sexta-feira (1º) e que ele teria de assumir o cargo na tarde desta segunda (4). O professor exerce a função há 4 anos na mesma escola, mas diz que foi cortado por ser homossexual.

“Eu fui recebido pelo diretor e pela coordenadora da escola e o diretor olhou para mim e disse ‘eu não te quero na minha escola’ questionei o motivo e eles não responderam, pediram para eu procurar a Secretaria”, contou o professor.

Por telefone, o diretor Dilmar Ricardo Ribeiro negou qualquer tipo de preconceito. Quando questionado sobre o porquê, ele não foi aceito no colégio, Dilmar disse: “Não tem o perfil. No nosso entendimento, não houve o encaixe, ele foi orientado a comparecer novamente no CEESPI (Centro Estadual de Educação Especial e Inclusiva)”, explicou o diretor.

O diretor ainda contou que “[...] a lotação é para um aluno especial cadeirante. E aí por conta disso a gente achou melhor outro profissional para atender melhor o aluno”, finalizou.

Após sair da escola o professor foi até a SED fazer a reclamação e em seguida disse que iria até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

O outro lado - A reportagem procurou a secretaria, e por meio de nota, a mesma informou que vai averiguar a conduta adotada pela direção da unidade escolar, "[...] uma vez que o processo seletivo gerou uma classificação dos profissionais para a lotação nas vagas conforme escolha dos aprovados".

A pasta destacou, ainda, que o referido profissional foi atendido pela equipe responsável pelo processo e que já fez a opção pela lotação em outra unidade escolar, para o exercício da função na REE (Rede Estadual de Ensino).

[ * ] Matéria alterada às 21h57 para acréscimo de conteúdo.

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